A saída da disputa sucessória municipal em Assu de quem era visto como favorito, o próprio prefeito Gustavo Soares (PL), causa um redemoinho no grupo governista, até o momento. Não há consenso à sua substituição.
Na oposição, também não existe calmaria. Há atenção redobrada para se tirar proveito dessa tensão adversária.
Quando anunciou que sairia da vida partidária para priorizar sua carreira como médico, logo que escapou da Covid-19, Gustavo deixou para trás um sério problema pro seu sistema político. A estimativa do deputado estadual e seu irmão, George Soares (PL), era de que em 15 dias no máximo (veja AQUI) tudo estaria reordenado, com definição do cabeça de chapa.
De lá para cá o cenário é bem diferente. Estica-se a corda e ela pode se esgarçar além do esperado, criando fracionamento no governismo, que está nitidamente dividido e subdividido. Diz-se que do próximo dia 25 não passa. Nascerá o nome a prefeito.
Na disputa está, por exemplo, Luiz Eduardo Soares (PL), o “Lula”, filho do ex-prefeito Lourinaldo Soares, e primo do atual prefeito Gustavo Soares e do deputado George Soares.
A vereadora Fabielle Bezerra (PL), embora eleita em 2016 como a mais votada pelo grupo do então prefeito Ivan Junior (hoje no Republicanos), passou à base de sustentação do atual prefeito, onde está até hoje. A vereadora tem a simpatia do líder do Governo na Câmara Municipal, Wedson Nazareno (PL), e de outros parlamentares. Assistente social, ela avança com movimentação diferenciada nas redes sociais.
Muitas dúvidas e o eco dos “Soares-raiz”
A vice-prefeita Sandra Alves (MDB) parecia praticamente fora do jogo. Assumiu interinamente a prefeitura no período de instabilidade na saúde de Gustavo Soares, e aí retomou fôlego. Voltou ao tabuleiro.
Presidente do MDB local, marido de Sandra, Élder Alves e outros próceres partidários têm balão de ensaio com a chapa pronta: Sandra Alves-Luiz Eduardo. Ou seja, os Soares – que recuperaram a prefeitura das mãos do ex-aliado Ivan Júnior – ficariam com o posto de vice.
Em meio a tantas dúvidas e interesses que se conflitam no governismo, há ainda uma corrente de pensamento que sonha com uma reversão na postura adotada pelo prefeito Gustavo Soares. Apela para o retorno de quem não quer voltar.
Impossível, não. Porém, pouco provável que o prefeito reveja o que tomou como algo irremovível em meio à doença que quase ceifa sua vida. O lema “volta, doutor” não decolou, mas é entoado pelo núcleo fechado do esquema que está no poder, conhecido como os “Soares-raiz”.
* Depois postaremos matéria especial falando de bastidores da oposição.
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