Uma provável aliança entre o governador Robinson Faria (PSD) e o grupo da vereadora Sandra Rosado (PSB) e da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) é questão de tempo. E de necessidade mútua, que se diga.
Desde que rompeu com o então prefeito Francisco José Júnior no ano passado, o governador ficou sem qualquer referência política de peso e de capital eleitoral em Mossoró.
Agarrou-se a alternativas pueris e inexpressivas, como Jório Nogueira (PSD), que apesar de estar na presidência da Câmara Municipal no pleito municipal passado, sequer conseguiu se reeleger. Enfim, sem nada a oferecer.
Quem passou a “apitar” e até definir nomeações para cargos no estado, por exemplo, foi Kléber Azevedo, assessor direto de Julianne Faria (PSD), primeira-dama e secretária de Estado do Trabalho e Ação Social (SETHAS).
Capacidade de organização
É quem tem representado o governismo em Mossoró, até por cima de antigos seguidores do governador, que tiveram mandato eletivo na cidade.
Quem também viu um vácuo e aproximou-se foi o vereador João Gentil (PV), estreante na Câmara Municipal. Senso de oportunidade ou oportunismo, como queira.
Com o grupo Rosado é diferente. Mesmo em profundo desgaste de imagem, consideráveis problemas judiciais, descapitalização eleitoral e convertido por necessidade de sobrevivência ao “rosalbismo”, possui vasta experiência política que pode ser útil ao governador.
“Feridas”
Pior para ambos os lados talvez não fique. Principalmente para o grupo de Sandra e Larissa, que parece sem uma saída político-eleitoral viável em relação à campanha de 2018.
É importante ser sublinhado também, que uma composição entre os dois grupos não seria algo estranho. Já estiveram afinados. O PSD de Robinson deu apoio à postulação de Larissa em 2012 à Prefeitura de Mossoró. A própria Larissa Rosado chegou a ser cogitada por ele como sua vice, na corrida eleitoral de 2014, em que saiu vencedor.
Mas as “feridas” do pleito suplementar municipal de maio de 2014, quando a deputada perdeu a disputa para o prefeito interino Francisco José Júnior (então no PSD), tornaram difíceis essa arrumação.
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E o povo precisa da ausência deles!