Nesta sexta-feira (29), o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, completa um ano de existência, após inauguração com pompas no ano passado, finzinho do primeiro governo estadual de Fátima Bezerra (PT). Nesse espaço de tempo, não nasceu sequer um bebê em sua estrutura, onde foram investidos R$ 134 milhões – recursos do Banco Mundial.
Na prática, ele é um imenso ambulatório e parte do prédio virou anexo do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), que ficará em obras por tempo a perder de vista (veja AQUI). Além disso, a novidade no período foi a oferta de atendimento especializado à população trans, desde o dia 10 de janeiro.
O investimento consagra o desperdício do dinheiro público e define como é indigente a gestão da saúde estadual. Foi entregue com governo sabendo que não tinha condições financeiras de colocá-lo em serviço completo. “Até o meio do ano de 2023 terá seu funcionamento pleno. Ao todo, serão mais de 163 leitos focados na atenção materno-infantil, ginecológica e obstétrica de média e alta complexidade. A meta é realizar 20 mil atendimentos anuais de pacientes de mais de 60 municípios,” informava notícia oficial do governo, no dia 27 de dezembro, dois dias antes da inauguração (veja AQUI).
O hospital ocupa uma área total de 36.000,00 m², sendo 15.000,00 m² de área construída e nesse tempo de vida, se destacou mais por greves de terceirizados (veja AQUI) do que por sua finalidade precípua. Eis a realidade.
Sem recursos
Mas, afinal, quando o Hospital da Mulher vai de fato existir como tal? No dia 28 de março deste ano, a diretora-geral Elenimar Costa Bezerra, a “Leninha Bezerra,” refazia planos e numa entrevista ao programa “Cenário Político” da TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), canal 10, previu que tudo estaria à plenitude até o fim deste ano. Contudo, revelou que a obra não tinha sido entregue “em sua totalidade.” (vídeo abaixo)
A titular da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP/RN), pediatra Lyane Ramalho Cortez, admitiu profundas dificuldades para fazer o Hospital da Mulher funcionar. Em reunião na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mossoró, dia 14 de agosto, ela apontou o custo financeiro como obstáculo principal. Mas, dezenas e dezenas de servidores estão lotados por lá.
O Hospital da Mulher “contradiz, inclusive, as propagandas feitas pelo governo Fátima Bezerra, que se promoveu em período eleitoral de 2022, às custas de uma inverdade,” denuncia o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (SINDSAÚDE/RN). A entidade cobra contratação de pessoal em cadastro de reserva e abertura de concurso público.
A maternidade de verdade
O verdadeiro Hospital da Mulher de Mossoró e região, atendendo pacientes de mais de 60 municípios e até oriundas do vizinho Ceará, é o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), sob intervenção federal há mais de nove anos (pasme!). Somente entre janeiro e junho deste ano nasceram 4.146 bebês (veja AQUI).
Em 2022, o total de procedimentos chegou a 6.968. Dessa pequena multidão de crianças, pelo menos 3.978 foram de mães de outros municípios. E, 2.915 eram de parturientes de Mossoró.
Enquanto isso, o imenso ambulatório com nome de Hospital da Mulher aguarda se transformar naquilo que deveria ser.
Pobre RN Sem Sorte.
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Vergonha alheia de tanta parcialidade. Vovó dizia que vergonha na cara é para poucos no mundo de hoje…
Falar que um equipamento que promoveu 7 mil atendimentos em um ano é desperdício de dinheiro, além de uma mentira deslavada, inviabiliza e menospreza o trabalho de dezenas de profissionais e desqualifica as pessoas atendidas.
Segue a notícia de verdade para quem interessar: //agorarn.com.br/ultimas/hospital-da-mulher-completa-primeiro-ano-de-funcionamento-com-mais-de-7-mil-atendimentos/
NOTA DO BLOG – Você parece que não leu a matéria, querido Anderson. E entende como imparcialidade a notícia divulgada pelo Governo em dezenas de endereços.
Sete mil atendimentos ambulatoriais, nenhum parto, em um ano, representam 19,17 procedimentos POR DIA. Raciocine minimamente. Veja a avalanche de nascimentos no HMAC, além de milhares de outros serviços.
O desempenho/dia do gigante Hospital da Mulher é feito numa Unidade Básica de Saúde (UBS) em poucas horas.
Sacou?
Obrigado por sua leitura diária e fiel, além dos insultos.
Feliz Ano Novo em família e entre amigos.
Cuide-se.
Será que um atendimento sai por R$ 200,00 que é o valor médio praticado em Mossoró.
Em tempo, temos atendimento por valores maiores, mas falo da média. Sou politicamente correto não posso desagradar ninguém.
Como médico,eu acho que tudo tem seu tempo. Eu sou a partidário político.Vamos deixar de imediatismo.Mossoro está assistindo muitas regiões circunvizinhas no momento. AMANHÃ esse hospital vai ser uma grande referência no futuro.
41 anos como médico e guase 69 de idade e não generalizando o povo de Mossoró, eu nunca vi na minha vida um povo tão medíocre,hipócrita,atrasado no tempo como em guase todo sentido como este.Mas eu amo esse torrão com grande potencialidade.
Mossoró precisa mudar sua cultura, em todos os sentidos,houve mudança pela sua potencialidade vista pelo mundo de fora porém,ainda cultivado pelo um povo de 50 a 60anos atrás teleguiado por oligarquia enferma,como galinha miinheira mineira que só circo pra dentro só pensando em sim.Mas a vida muda,faz parte do mundo.
Caro W. Rebouças, sem mais prolegomenos, carimbo e assino embaixo seu abalizado comentário .
Não se sabe até QUANDO, devamos suportar essa mediocridade do ponto de vista político, precisamos isso sim, gradativamente investir cada vez mais em informação e educação de qualidade.
Pois só assim, ponto futuro, quem sabe , possamos reverter essa cultura do.imediatismo e da mais valia , bem como da crítica pela crítica.