É hoje uma versão política, em Mossoró, do "Dia do Juízo Final". A sociedade ficará sabendo se o chamado "G7" é um bloco de oposição ou de eventual oposição.
A Câmara Municipal de Mossoró vota as emendas ao Orçamento Geral do Município (OGM) 2011. O principal ponto em questão são os vetos da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM) a diversas emendas da Casa.
As emendas dos precatórios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagamento ao servidor municipal e outra que obriga a prefeitura a discutir com a Câmara o destino de receita orçamentária excedente, são os principais imbróglios da votação de hoje.
O denominado "Bloco Independente", formado por quatro vereadores que há poucos meses saíram do governismo, formando grupo à parte, é o ponto-chave da votação. Mantém as emendas ou não? Cairá na tentação do "canto da sereia" do governismo?
O presidente da Câmara Municipal, Francisco José Júnior (PMN), que lidera o grupo, tem garantido sobriedade na votação, mas acima de tudo afirma que haverá unidade, sem radicalismos.
Os outros três vereadores do bloco, ricardo de Dodoca (PDT), Zé Peixeiro (PMDB) e Daniel Gomes (PMDB) têm assegurado que nada mudou. Mesmo com as tentações que sopram em cânticos do Palácio da Resistência, sede do governo.
A princípio, o governo possui 6 votos contra 7 da oposição em soma com o Bloco Independente. Para manter os vetos, o governo precisa "puxar" somente um voto do outro lado.
Vale lembrar que o voto é secreto.
O Sindicato dos Servidores Municipais (SINDISERPUM) tem feito mobilização e corpo a corpo com vereadores. Sua militância vai ocupar galerias da Casa. Cobra aprovação das emendas dos precatórios.
A prefeitura tenta levar o caso com a barriga. Perdeu em todas as instâncias e não tem direito a mais qualquer recurso legal, para o não-pagamento.
Resta uma alternativa para envidar meios para evitar que algum dos 07 edís incorram em traição ao funcionalismo: Solicitar que cada um dos 07 Vereadores declarem seu voto em aberto, quando fizerem uso da palavra. O Regimento Interno não proíbe a declaração do voto em aberto, por ocasião da apreciação em plenário. Se algum deles se esquivar, é porque é o Judas Iscariotes do funcionalismo público municipal.
ACHO QUE EM NADA VAI ADIANTAR ESSA MEDIDA. TUDO TERMINA EM PIZZA MESMO