Cadê o Hospital Materno-Infantil de Mossoró? Alguém aí viu, sabe, dá um indício sequer de seu funcionamento?
Talvez este Blog ajude a esclarecer mais esse embuste do Governo Estadual, um faz-de-conta que mistura propaganda com faz-de-conta.
Na verdade, nós temo um consórcio da enganação, que envolve Estado e Município.
A prefeita de direito de Mossoró, Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, instituiu a “Comissão Multi-Institucional para elaboração do projeto físico-funcional do Hospital Materno-Infantil de Mossoró, através da portaria Nº 150/2011, publicada no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) do dia 25 de março de 2011.
Já a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), no dia 12 de fevereiro teve rápida estada em Mossoró e orientou textualmente a então subsecretária da Saúde, Dorinha Burlamaqui. Quase em sussurros, Rosalba sublinhou uma prioridade para Mossoró ao ouvido da auxiliar:
– Vamos ver o projeto do Hospital Materno-infantil, Dorinha!
No dia 7 de julho, outra vez em Mossoró, ela anunciou através da imprensa que “no início de setembro” deste ano, lógico, as obras seriam iniciadas e sua conclusão ficaria para outubro passado.
Até o momento, o prédio escolhido para esse “arranjo”, o ex-Hospital da Unimed, não recebeu um pincel de cal. Sequer foi assinado contrato com os proprietários do imóvel, à locação. Engodo.
– Aquele local não tem condições de receber uma maternidade, no máximo seria um ambulatório – recrimina um médico especialista no assunto, ouvido pelo Blog.
Nota do Blog – O uso da saúde como moeda eleitoreira não é coisa nova na política mossoroense. Quando os Maia resolveram inaugurar o Hospital Regional Tancredo Neves (HRTN), depois batizado de “Tarcísio Maia”, o fizeram com base numa pesquisa com fins políticos.
Os estudos mostravam a necessidade de se implantar uma estrutura de saúde pública para fazer frente ao complexo Apamim (Associação de Proteção e Apoio à Maternidade e à Infância) do grupo Rosado.
O Tarcísio Maia, mesmo com seu propósito precípuo da politicalha, ao longo desses anos ganhou importância estratégica à saúde pública regional, mesmo que sem o devido investimento e respeito de boa parte dos donos do poder.
O pior é que o único hospital pediátrico de Mossoró (UNIPED) foi obrigado a fechar suas portas por falta de atenção da governadora, que mesmo sendo mossoroense, se recusou a firmar convênios que possibilitassem a continuidade do seu funcionamento. Uma lástima, pois.