
Entidades ambientais vão questionar decisão de exploração da foz do Amazonas (Foto: Heriberto Araújo/Notimex via AFP)
Do Canal Meio e outras fontes
A menos de um mês do início da COP30, a Petrobras conseguiu a licença do Ibama para a perfuração de um poço exploratório para prospecção de petróleo na Foz do Amazonas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente exigiu uma série de ajustes no projeto inicialmente rejeitado em 2023. O bloco FZA-M-059, localizado a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas e 175 quilômetros da costa do Amapá, será o primeiro da região a ser perfurado. O trabalho deve começar de imediato e durar cinco meses. Nesta etapa, a Petrobras pretende apenas coletar dados geológicos e avaliar a presença de petróleo e gás em escala comercial.
O Ministério de Minas e Energia estima que a área possa abrigar reservas equivalentes a até 10 bilhões de barris de petróleo — potencial suficiente para ampliar significativamente as reservas nacionais, hoje em 16,8 bilhões de barris, e garantir autossuficiência até 2030. (g1)
A licença concedida pelo Ibama à Petrobras para perfurar um poço exploratório em águas profundas do Amapá, na Margem Equatorial, estabelece 28 condicionantes específicas para o início das operações. De acordo com o documento, qualquer descumprimento das normas ambientais ou das exigências previstas poderá levar à suspensão ou ao cancelamento da autorização. (CNN Brasil)
O Observatório do Clima, uma rede formada por mais de 130 organizações ambientais, criticou duramente a decisão do Ibama de conceder licença à Petrobras para perfurar um poço exploratório na Foz do Rio Amazonas. Em nota, a entidade afirmou que organizações da sociedade civil e movimentos sociais irão à Justiça para contestar a autorização, que classificam como “desastrosa do ponto de vista ambiental, climático e da sociobiodiversidade”. Segundo o grupo, o licenciamento “apresenta ilegalidades e falhas técnicas” que poderiam tornar a licença nula. (Metrópoles)
O governador do Pará e anfitrião da COP30, Helder Barbalho (MDB), afirmou que a autorização concedida pelo Ibama à Petrobras na Margem Equatorial não prejudica a imagem da conferência do clima da ONU, que começa em menos de 20 dias em Belém. Segundo ele, a decisão do órgão ambiental foi técnica e seguiu “um rito demorado e exaustivo”. (Folha)
A bacia da Foz do Amazonas, uma das cinco bacias que compõem a Margem Equatorial brasileira é considerada estratégica e pode abrigar até 30 bilhões de barris de petróleo, segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A perfuração marca o início de uma nova fronteira energética para o país e representa uma oportunidade de reposição das reservas da Petrobras, além de potenciais investimentos em uma das regiões mais pobres do Brasil. (Estadão)
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