Em Natal, aos poucos a imprensa descobre o reino do faz-de-conta que é o poder em Mossoró. Uma entrevista livre com a prefeita Fafá Rosado (DEM) é impossível.
Quando eu escrevia sobre o assunto e comentava com colegas de profissão esse cenário, alguns ficavam céticos ou viam exagero em minhas palavras. Agora a verdade se consagrada.
À semana passada, por exemplo, um jornalista natalense tentou – com toda diplomacia possível – ouvir a prefeita. Não Conseguiu.
A Gerência da Comunicação embaraçou-se e passou a responsabilidade de aquiescer ou não, para o chefe de Gabinete da Prefeitura, o agitador cultural Gustavo Rosado. Esse sequer recebeu o profissional.
Em Mossoró, a prefeita só concede entrevista sob censura prévia. O tema precisa ser de oba-oba, autolouvação etc. Algum depoimento veiculado em jornal, no que chamamos de pingue-pongue, costuma ser "arrumado". Perguntas e respostas.
Mossoró vive um período de trevas, onde intolerância e ignorância fazem rima nefasta, promovendo profundo atraso. O retrocesso é de fazer inveja ao regime ditadorial, de triste memória.
A imprensa faz sua parte. Cumpre papel considerável no enredo do obscurantismo: boa parcela dos jornalista está aliciada e os veículos aparelhados. Quase ninguém tem opinião própria. Arrenda espaço e aluga terceiriza o pensamento.
Pobre Mossoró!























Assino embaixo tudo que vc disse. Desde 2006 só consegui uma entrevista de página inteira com a prefeita in loco. Sempre faço uma de final de ano com ela fazendo um balanço da administração. Sempre foi por e-mail. A última só foi pessoalmente pq n combinei com ng e me enconstei nela. Enquanto ela respondia as perguntas um assecla travestido de jornalista encostou p atrapalhar, mas no fim deu certo. A verdade é que se tivesse combinado ou avisado a assessoria a minha intenção a entrevista terminaria mais uma vez sendo por e-mail.