Por Carlos Santos
Ela detestava fotos. Herdei. Dos escassos registros à nossa guarda, temos esse a ser fixado em seu túmulo.
Se a lembrança estivesse em placa, na esquina de uma rua qualquer, talvez não fosse perpetuada em nós como está até hoje. Viva.
A imortalidade que acredito é plantada em vida. Se alguém continua em mim, mesmo após tanto tempo de partir, é-me claro que se fez imortal.
Não existe um único dia nesse tempo todo do adeus, que nao tive forças para dar, que eu a esqueça.
Se há vida após a morte física, não sei. Mas, Deus sabe como preciso acreditar que vou ter de novo Dona Maura comigo. Ser de novo “Carlinhos,” aquele menino mirrado e tímido que se fez forte, porque ela não deixou ser fraco.
Cuida de mim. Até lá.
Beijos.
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“Sair sem partir
Ficar quando parte
A vida reparte
Teu peito em metades”.
(Crispiniano Neto).