Do Canal Meio e outras fontes
A indústria de petróleo e gás enfrenta um paradoxo: cresce a demanda por profissionais altamente especializados enquanto falta gente qualificada para ocupar as vagas. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Energia projeta necessidade de 250 mil novos trabalhadores até 2030, enquanto pesquisa da Abespetro e IBP aponta carência atual de 15% a 20% da força de trabalho.
O envelhecimento da mão de obra e a velocidade da transformação tecnológica ampliam o problema, somados à concorrência com setores como tecnologia e energias renováveis.
Apesar do estigma, o setor oferece salários acima da média, de R$ 8 mil a R$ 12 mil para engenheiros iniciantes, podendo superar R$ 30 mil, e novas funções ligadas à ciência de dados, robótica e transição energética. Para atrair jovens, empresas reforçam programas de trainee, parcerias com universidades e capacitação contínua, como o programa Offshore do Futuro. (Além da Superfície)
Transição energética
Falando nisso, um estudo da Kearney em parceria com a IEEE Power and Energy Society aponta que o mundo vai precisar do dobro de engenheiros de energia até 2030, algo entre 450 mil e 1,5 milhão de profissionais, para gerenciar o processo de transição energética. No Brasil, a estimativa é de serem criadas 7,5 milhões de novas vagas na década, puxadas pela meta de gerar 81% da eletricidade de fontes renováveis até 2029. Porém, a falta de mão de obra já é um problema atual e quase metade dos engenheiros do setor mudou de emprego ou abandonou a área desde 2021, num cenário de burnout, salários pouco atrativos e dificuldade de retenção de talentos. (InfoMoney)
Aliás, os avanços na transição energética ainda são desiguais no setor de óleo e gás da América Latina. Um relatório da Aggreko, baseado em entrevistas com mais de 300 profissionais em sete países, mostra que 91% acreditam ser possível tornar o setor mais sustentável, mas só 53% das empresas já têm iniciativas concretas, como o uso de renováveis (59%) ou de equipamentos mais eficientes (43%).
Os entraves mais citados são o custo, falta de incentivos e limitações de infraestrutura. Para 85% dos entrevistados, práticas sustentáveis aumentam a eficiência das operações, reforçando o elo entre competitividade e descarbonização. (Revista Fator Brasil)
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