No plano nacional e internacional, a Petrobras ganhou divulgação superdimensionada no dia passado, com o primeiro leilão do Pré-Sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União (veja AQUI).
Mas em suas entranhas e no microcosmos potiguar, o nível de negócios – ou de ingerência politiqueira – na estatal chega a patamares burlescos. O enredo revela como a empresa sofre influência externa, para acomodação de arrumações estranhas aos seus propósitos, foco e perfil técnico-econômico.
No dia 26 de outubro, este Blog noticiou com exclusividade (Clique AQUI – Gestão pouco ‘republicana’ derruba gerente da Petrobras) a queda do Luiz Antônio Pereira, gerente do Serviços Especiais em Mossoró, após 11 anos de administração questionável e carregada de denúncias de abuso de poder, com evidência de assédio moral.
Mas a história não está concluída.
O fato é que após ser ejetado da gerência, o bacharel em direito Luiz Antônio Pereira passou à nova pressão de bastidores, para retomada de espaço, graças a influência do seu irmão – o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emanoel Pereira.
Por via transversa, o nome do deputado federal Henrique Alves (PMDB), presidente da Câmara Federal, aparece de forma proeminente no caso. Seria a voz tonitruante dos “Pereira” na Petrobras, para que Luiz continue com bom emprego, mesmo considerado um pária na empresa, espécie de “corpo estranho”.
A alta gerência da Petrobras no Rio Grande do Norte passou a sofrer pesada pressão para voltar a arrumar “um canto” para Luiz Antônio.
Entre empregados que conhecem sua atuação bizantina e intempestiva, Luiz Antônio é conhecido por um epíteto que dá sua dimensão. É alcunhado de “O monstro”, tamanho o estigma que carrega.
Chegou ao cargo e à longevidade na cadeira de chefia, sem ter currículo técnico algum. Foi aboletado meramente por força de “QI” (Quem Indica). Era e é um estranho no meio, a exigente indústria do petróleo.
Com a saída atribulada e “inesperada”, muitos pensavam que estaria fechado o seu nefasto ciclo na empresa. Ledo engano.
Há costura política para que seja arranjada uma alternativa honrosa para Luiz Antônio, de modo que ele “volte por cima”.
Diante de toda esta pressão política o inimaginável estar para ser consagrado.
Graça Foster
Corre versão confiável de que a presidente da estatal, Graça Foster, conhecida como uma xerife, estaria disposta a ceder ao cerco. A Petrobras pode vir a criar uma nova gerência na região de Mossoró, para que Luiz Antônio não continue amuado e desmoralizado.
O novo cargo vai de encontro à política da própria empresa, que começou sorrateiramente uma desmobilização de pessoal na região de produção terrestre, para investimento dessa mão-de-obra especializada no Pré-sal (veja AQUI).
Luiz Antônio Pereira passaria a ocupar outro cargo, mesmo que sem maior valor prático e de influência como o que detinha antes. Entretanto o “mimo” é uma forma de ele dar a volta por cima e tamponar um pouco do desgaste de sua saída, sem qualquer pompa ou questionamento dos liderados.
Até foguetões foram disparados nas cercanias da Petrobras (Mossoró), exaltando o bota-fora.
O caso promete render mais desgaste à Petrobras e mexer com os petroleiros.
Luiz Antônio consegue ser quase uma unanimidade, negativa, na empresa.
Mas ninguém pode desconhecer uma “qualidade” considerável nele: tem as “costas largas”.
“Por via transversa, o nome do deputado federal Henrique Alves (PMDB), presidente da Câmara Federal, aparece de forma proeminente no caso. Seria a voz tonitruante dos “Pereira” na Petrobras, para que Luiz continue com bom emprego, mesmo considerado um pária na empresa, espécie de “corpo estranho”.
Não dá para Henrique Alves perceber o quanto se desgastará se continuar a quebrar lanças para o retorno deste cidadão aos quadros da Petrobrás?
Mas como para os Alves é o eu quero, eu mando, fazer o quê?
Enquanto isto acontece dentro desta empresa que deveria ser altamente lucrativa, os acionistas continuam amargando prejuízos e mais prejuízos vendo as suas ações desabarem pregão após pregão.
O que será do RN com um Alves no governo?
E assim segue o baile.
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UMA PROFESSORA DO MAIS EDUCAÇÃO GANHA 240 REAIS EM MOSSORÓ.
O IPTU AUMENTARÁ EM 2014.
OS MOSSORENSES QUEREM VER A FOLHA DE PAGAMENTO DA PREFEITURA DE MOSSORÓ.
LEIAM O ART. 31 -3 DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.
Acho que o blogue esta enganado em relação a situação do ex gerente. Em primeiro lugar, o Luiz Antonio continua funcionário da Petrobras, perdeu apenas o cargos de gerente, e não foi só ele outros gerentes também foram substituído. Com relação a criação uma gerencia que seria criada apenas para alojar o Luiz Antonio, acho muito pouco provável que isso aconteça, dado a grade contida de novos técnico que engraçaram na Petrobras com melhor nível de qualificação e relacionamento interpessoal mais condizente com os tempos atuais.
É a cara da arrogância.
Infelizmente, a “cara” do serviço público brasileiro. Por isso quando as coisas não dão certo no serviço público, dizem logo que o servidor é preguiçoso, enrolão, improdutivo e ineficiente. E como sempre do NADA surge aqueles “técnicos” “assessores” que indicam a “terceirização” como “remédio” pra todos os males da gestão e no final acabamos tendo uma Natal pós-Mikarla, como uma saúde pública a beira do colapso e uma população que não sabe a quem pedir socorro nos momentos de maior desespero.
“Quem seja a causa de alguém se tornar poderoso desgraça-se a si próprio: pois esse poder é produzido por si, quer através de engenho,quer de força; e ambos são suspeitos para aquele que subiu à posição de poder.”
(Maquiavel)