Por Ricardo Rosado (Blog Fator RRH)
Acertadamente, o candidato a Prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, durante a campanha, anunciou que não iria ficar olhando o retrovisor e prometendo devassa, vasculhar a caixa preta, denunciar supostos desvios, auditoria externa sobre as contas da antecessora.
Esses discursos fáceis de fazer, agradam os radicais e jamais executados.
O candidato de então, experiente, sabia que a tarefa de recompor minimamente a cidade iria requerer tempo integral e dedicação exclusiva.
Os órgãos fiscalizadores e controladores iriam receber a documentação e que promovessem a análise técnica correta e legal dos processos, contratos e práticas da gestão municipal.
Agora o Ministério Público no Tribunal de Contas decide instalar o retrovisor dentro da própria administração municipal.
Mandou que a Controladoria do município fizesse uma devassa nas contas da administração passada.
Tarefa que é do próprio Tribunal de Contas.
Como um trabalho deste tamanho requer muito tempo, estrutura, dinheiro e equipe técnica, Carlos Eduardo corre o risco de passar todo o seu mandato cuidando de lustrar o retrovisor.
O Prefeito eleito, que pediu um prazo de 200 dias para regularizar os serviços básicos (o tradicional era de 100 dias), agora decide que somente em 365 dias poderá saldar débitos.
Com o pedido do TCE pode ser que venha a ser obrigado a passar 1.460 dias vasculhando o passado.
E Natal sonhando com dias melhores.
Perca tempo não, Prefeito.
Devolva a bola pra quem já ganha pra isso.
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