O Relatório 661/2012 do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em que se baseia o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) 138, que dispõe sobre fechamento/readequação de sete hospitais regionais do Rio Grande do Norte, tecnicamente não aponta para o fechamento do Hospital Regional Hélio Morais Marinho (HRHMM). Mas na prática o governo estadual o incluiu na lista e trabalha há meses para fechá-lo.
O HRHMM, que no dia passado foi “defendido” vivamente pela população do Apodi em manifestação ruidosa e numerosa (veja AQUI), existe há 30 anos. Serve aos municípios de Apodi, Felipe Guerra, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes, Itaú e algumas cidades do Ceará.
Sua demanda diária oscila entre 150 e 180 atendimentos. Cerca de 6% desse contingente humano é derivado de outros municípios. Possui 51 leitos que podem ficar em boa parte ociosos.
Os principais procedimentos oferecidos pelo hospital são os atendimentos aos casos de urgência e emergência, clínica cirúrgica, ambulatório, raios X, entre outros.
Nos últimos quatro meses, o Governo Robinson Faria (PSD) retirou quatro médicos de sua escala de trabalho, os transferindo para Natal e Mossoró. De um total de 17 médicos que chegou a ter, hoje só possui oito. Os insumos básicos também não chegam à medida da demanda.
Matar por “asfixia mecânica” o HRHMM é o que na prática já começou como ocorreu com o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia em Mossoró. Encerrou suas atividades em setembro do ano passado, apesar do governador reiterar – durante meses – que não o faria. Se não quer fechar ou empurrar o Hospital Regional do Apodi à municipalização, se eximindo de sua manutenção com caráter regional, por que o desmanche continuado?
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A conversão do Hospital Regional do Apodi numa Unidade Básica de Saúde (UBS), por exemplo, pode ter como uma de suas mais graves consequências a sobrecarga (mais ainda) do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró. Para onde afluiria boa parte dos atendimentos do HRHMM? Claro que para o HRTM.
O estranho nesse enredo, é que o Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros (HRMAB), em São José do Mipibu – na Grande Natal, é que constava no relatório do TCE, como recomendação para ser extinto ou convertido noutro equipamento de saúde básica. Mas quem acabou içado a essa condição foi o do Apodi.
Talvez o fato de São José do Mipibu ser a principal base eleitoral do vice-governador Fábio Dantas (PCdoB) e de sua mulher e deputada estadual Cristiane Dantas (PCdoB), explique essa substituição. Sem peso político direto, sem ninguém com musculatura para escudá-la nas entranhas do governo, Apodi seria presa fácil à operação governamental.
Em tese, sim.
Mas a demonstração de força popular com gente de todos os matizes sociais e partidários ecoou forte no dia passado em Apodi, não obstante o escasso reforço dos deputados estaduais Manoel Cunha Neto (PHS), o “Souza”, e Getúlio Rêgo (DEM), que o prestigiaram.
O governo precisará ser muito cínico e extremamente covarde, para empurrar uma população regional em torno de 70 mil pessoas para o deus-dará da saúde pública, ao mesmo tempo em que promete publicamente o contrário. Com o Hospital da Mulher foi assim. Vai repetir?
Medo
O TAC 138 é uma recomendação assinada pelo governo estadual, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do RN (MPRN), a partir de estudo iniciado no Governo Rosalba Ciarlini (PP), que teve medo de levá-lo a termo. Contudo não tem poder de lei, não é impositivo e irrevogável.
Está contaminado pelo conceito de “estado mínimo”, mas é sobretudo um documento frio, calculista e impiedoso por olhar a saúde pelo o que lhe parece mais fácil: números. Ele carece sobretudo de humanidade.
A propósito, nenhum dos seus autores costuma usar a saúde pública. Não precisam.
CLIQUE AQUI e confira a íntegra do Termo de Ajustamento de Conduta.
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A foto e o fato.
Povo educado. Só ocupou uma via da avenida.
Muito diferente da mundiça orientada pelos partidos políticos e sindicatos vermelhos.
Percebe-se que nenhum dos incendiários do ”mst” esteve presente à caminhada.
Como assim????
Ora, cadê a fumaça preta de pneu queimando????? Heim?
Aqui em Mossoró podem deixar as ruas às escuras e esburacadas; médicos, dentistas e medicamentos faltando; segurança de não se poder abrir a porta para receber o leite; colégios sem MERENDA ESCOLAR e UNIFORME ESCOLAR nem com recomendação do MPRN sendo entregue, que não há como 30 mossoroenses se juntarem para sair em protesto pelas ruas da cidade.
Manifestação de rua para o mossoroense é coisa de gentinha.
Eu desafio a aparecer uma outra pessoa para junto comigo sair pelo centro de Mossoró estendendo uma faixa alertando o MPRN que a recomendação de novembro de 2015 para que o UNIFORME ESCOLAR seja entregue no primeiro dia letivo do ano não foi observada.
Duvido que apareça.
De um corrupto, condenado em primeira instância a mais de 5 anos de cadeia, ouvi enquanto o desonesto dava gargalhadas: POLÍTICO EM MOSSORÓ FAZ O QUE QUER E O POVO NÃO TEM QUE SE METER.
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS ANTES DE 2018. E MAIS NÃO DIGO.
Esqueci de dizer ao povo do Apodi que, o troco aos políticos FDP se dá nas urnas.
Pensem muito antes do CONFIRME.
Impiedoso este comportamento dos responsáveis pela saúdo do Povo, mas os grandes culpados somos nós que votamos nestes caras que aparecem como salvadores da pátria na época das campanhas políticas; veja quem são os nossos representantes nos poderes executivos e legislativos do Brasil,RN e dos nossos municípios , são pessoas que são eleitas comprando a consciência do povo com tijolos,cimento,uma cirurgia, qualquer migalha alicia o maior poder do cidadão:o voto. Nós precisamos dizer não a estes parasitas da humanidade que somente serve para proteger os seus clãs,asseclas e que não cumprem com as falsas promessas de campanha, o pior de tudo procuram acabar com o mínimo existencial ou a reserva do possível que existe para minorar os sofrimentos do eterno sofredor: povo pobre Brasileiro. Obs: enquanto isto o sírio libanês está recebendo os pacientes enriquecidos com os nossos tributos. somente DEUS para cuidar de nós, enquanto o POVO aceitar tudo pacientemente…. .