Certo dia, ao assistir televisão, em determinado telejornal estava sendo transmitida a notícia de um rapaz que ao retornar para casa, andando tranqüilamente pela Avenida Paulista em São Paulo, inexplicavelmente teve o seu rosto atingido por uma lâmpada fluorescente.

Motivo: Estava em companhia de dois amigos homossexuais.

Uma seqüência de agressões sucedeu o primeiro ato, algo que choca até mesmo gente acostumada a lidar com vários tipos de crimes e criminosos, como um delegado de polícia. Não é demais citar que eram cinco contra um.

Como sempre faço, procurei tentar entender a situação desde a sua essência, e por isso algumas dúvidas logos surgiram:

– Que tipo de educação estes agressores tem ou tiveram?
– Qual o tamanho da culpa dos pais?
– Possuem família bem estruturada? 
– O que mais alguém que comete este tipo de crime é capaz de fazer?

Fato é que a cada dia que se passa são “fabricados” psicopatas, pessoas desequilibradas e sem qualquer preparo para viver em sociedade. Estão por todos os lados, em diversas famílias e são como produtos com defeito de fabricação ou computadores programados com softwares cheios de falhas.

O processo de fabricação a que me refiro é exatamente a formação do caráter do cidadão, que vem sendo definido em lares onde os pais são ausentes, trabalhando em regime 7x30x365 (integral).

Casas onde as horas para lazer e convivência com os filhos são cada vez mais raras.

Este é o mundo em que vivemos. Descontrolado, despudorado e cheio de jovens sem noção e sem valores. Estamos criando monstros e seres desprezíveis. Gente capaz de matar os próprios pais, avós, tios ou irmãos por pouco ou quase nada.

Independente da classe social, cor ou opção sexual, todos merecem ser respeitados. Esta é a maior lição que deve ser ensinada desde o berço, que não precisa ser de ouro, porque nobre é aquele que respeita a vida, os animais, a natureza e as pessoas, com todas as suas diferenças.

Particularmente não tolero gente que joga lixo através da janela do carro, seja uma lata de refrigerante, um copo de plástico ou qualquer tipo de dejeto. Vejo isso todos os dias, mas procuro informar e educar.

Faço a minha parte como cidadão, da forma mais racional possível.  Também não tolero gente intolerante, então, se eu não tolero os intolerantes, o que sou eu?

Daniel Luiz Fernandes Lopes (Grospim) – Mossoroense, Cientista da Co – @grospim