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terça-feira - 26/02/2008 - 10:35h

Irmão de “Elizete Moura” é executado com tiro de 12

Foi morto por volta das 6h40 de hoje, Erinaldo Moura Lemos, 34, na comunidade "Sítio São José", localidade da "Termoaçu", município de Alto do Rodrigues. Ele levou um tiro de espingarda calibre 12.

Dois indivíduos numa moto Honda Broz teriam cometido o crime.

A vítima era irmão de Elizete Moura, 10, assassinada barbaramente no dia 10 de novembro de 1996 na comunidade de "Arapuá", Ipanguaçu. O corpo dela, desfigurado, foi localizado no rio Pataxó.

A morte de Elinaldo pode ter relação com esse caso que se arrasta há quase 12 anos.

Erinaldo matou Luzialba Fernandes, denunciada (e absolvida) quanto à morte de Elizete. Os acusados pelo assassinato da criança foram a julgamento em 2003. Alegaram confissão do crime sob tortura policial.

A versão corrente é de que teriam promovido uma sessão de magia negra com Elizete. Kátia Pinto, Jofre Pinto e Francisco Heleno (Heleno de Gelon) estão presos até hoje alegando inocência. Foram inocentados Carlúzia Oliveira, Wallace Pinto, Francisco Veridiano Fernandes e Luzialba Fernandes (morta por Erinaldo).

Uma versão paralela aponta que a criança foi morta por dois homens, revoltados com o pai da criança, devido a negócios frustrados com venda de gado. O crime seria uma vingança cruel.

O processo está na comarca de Ipanguaçu, com mais de 16 mil páginas. Pode até ser reaberto. 

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. ítalo moreira diz:

    Faz-se oportuno uma breve explicação sobre esse caso, sob o ângulo processual.
    Na realidade, não se pode dizer que o processo pode ser reaberto, pois continua em tramitação. Dos réus mencionados, Jofre Pinto Fernandes foi condenado na Comarca de Mossoró, para onde o feito havia sido desaforado (em segundo julgamento), júri este em que atuei, ao lado de dois colegas, na acusação.
    Houve recurso da defesa pedindo a nulidade do júri ao tribunal de justiça. Não sei se já julgado, porém, acredito que dificilmente o TJ o mandaria a novo júri.
    Quanto a Kátia Cristina, a mesma foi julgada e condenada em Assu. Decisão esta que entendo definitiva. À época do julgamento de Jofre em Mossoró constava na pauta seu nome para novo julgamento, porém, entendi por bem, assim como meu colegas, nos retirar de plenário sem realizá-lo, pois, na nossa concepção, um segundo julgamento da mesma naquele momento era frontalmente ilegal. Acredito que também não deverá ir a novo júri.
    Quanto a Helano de Gelon, foi condenado, havendo sua condenação transitado em julgado (definitiva).
    Uma das rés, Luzialba, como já mencionado, foi assassinada.
    Por fim, os réus Wollans Cristian, Francisco Veridiano (Fifi) e Carluzia foram absolvidos pelo Conselho de Setença (4 votos a 3) a pedido do próprio Ministério Público (promotor Armando Lúcio) na Comarca de Assu. Ressaltando que, apesar de respeitarmos, discordamos frontalmente do posicionamento do ilustre colega.
    Ocorre, porém, que o assistente do Ministério Público (mãe da vítima) recorreu da absolvição dos três réus na comarca de Assus. O tribunal de justiça deu provimento a este recurso e os mandou a novo júri. Outro recurso foi impetrado, desta feita pelos advogados dos réus, junto ao Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao recurso, confirmando a decisão do Tribunal de Justiça do RN, ou seja, determinando novo júri dos réus.
    A última decisão me parece já definitiva, devendo referidos réus serem submetidos a novo júri, talvez, inclusive, na Comarca de Mossoró.
    As imprecisões quanto à definitividade ou não de alguns julgamentos decorre do fato de não mais acompanhar o processo (embora ainda possa atuar) e ainda esteja no gozo de licença, afastado temporariamente de minhas atividades.

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