José Aoem Estigarriga Menescal, nasceu em Mossoró, em 25 de setembro de 1904, sendo seus pais Antônio Odilon Estigarriga Menescal e Maria Wanderley dos Santos Menescal, descendente de espanhol com italiano.
Era homem reconhecido de espírito progressista e profundamente religioso, sua conduta de dotes morais. Seu primeiro nome era Raimundo Nonato Aoem, segundo pesquisa; foi seminarista por muitos anos no estado do Ceará, chegando a fabricar hóstia na qual distribuía para a região do interior do estado.
Deixou de ser sacerdote, logo voltando à cidade que nasceu. Teve o enlace matrimonial com dona Raimunda Dias, sendo seus filhos: Antônio Jaem Estigarriga Menescal; Antônio Jamy Estigarriga Menescal; Antônio Jamir Estigarriga Menescal; Antônio Jail Estigarriga Menescal; Antônia Jane Estigarriga Menescal; Antônia Jara Estigarriga Menescal; Antônio Jare Estigarriga Menescal.
No ano de 1948, quando governador do Estado do Rio Grande do Norte era José Augusto Varela, nomeia Aoem Juiz de Paz em Mossoró. Substituiu Santídio Gurgel para exercer o cargo de tabelião no lugarejo de São Sebastião, hoje Governador Dix-sept Rosado, onde assumiu até o ano de 1968.
Em 1969 veio para Mossoró no qual assumiu o 2º Cartório, consequentemente, o 5º. José Aoem tinha o ofício de aplicar justiça ajuizando questões com serenidade, sempre preocupado com a razão da honestidade.
Foi um homem de grande sensibilidade para as pessoas de baixa renda, que não podiam pagar, no que se refere a registro de nascimento, óbito, casamento e outros; muito inteligente; lembrando ao amigo leitor que Aoem foi irmão do Juiz/Desembargador José Mozart Menescal.
Em reconhecimento, hoje o fórum da cidade de Governador Dix-sept Rosado mantém o nome de “Escrivão José Aoem Estigarriga Menescal”.
Na cidade de Mossoró o Tabelião José Aoem Estigarriga Menescal, é patrono de uma Rua, no bairro Santo Antonio em substituição à Rua Nova Descoberta.
Aoem gostava de esportes, principalmente o futebol. Era grande torcedor do Tapuyo Futebol Clube, no lugar São Sebastião (Gov.Dix-Sept Rosado). Quando jovem jogou no Humaithá (Mossoró).
Tinha como hábito anotar fatos ocorridos. Escreveu vários boletins bibliográficos. Descrevo alguns títulos: “Estórias de Gente do Outro Mundo”, “Dez Estudos Dix-septienses”, “Dois Poetas Populares em São Sebastião”, "A Reza Forte de Fabiana Barbosa”, "A Vingança de Sebastião de Freitas Costa”, “Pequenos Dados Sobre O Cruzeiro de São Sebastião”, “O Fundador de São Sebastião”, “Um Pouco da Vida de José Maurício”, “Um Hino do Pe. Florêncio”, “ABC do Pe. Florêncio”, “Pracinhas Mossoroenses”, “Balduíno Pega Gente”, “Zé da Macaca”, “A Casa do Padre”, “Lendas do Poço Feio”, e outros mais. Estão no acervo da biblioteca da Fundação Vingt-Un Rosado.
José Aoem faleceu em 27 de setembro de 1987.
Anagito Boy Dias Vieira é escritor e historiador
Anagito Vieira, parabéns pelo texto sobre José Aoem E. Menescal…
Tenho duas perguntas-sugestões, não necessariamente dirigidas a você, ok?
1- Seria muito bom que esses textos-plaquetes, publicados pela Coleçao Mossoroense, fossem reunidos em livro, não era mesmo?
2- Também necessário seria um resgate (como este sobre José Aoem) sobre o Desembargador José Mozart Menescal, figura proba e humana da magistratura potiguar.
Abraços
David Leite
À propósito de ruas,citada aí com o nome do Senhor Aoem,digo,ou melhor,pergunto: Já num é tempo da câmara fazer uma ‘lavagem’ na cidade e rever os nomes dessas ruas daqui?Não mudar nomes por mudar,mas sim,sobre as duplicidades e a esculhambação que é a numeração das casas por aqui.
Acho vou fazer o concurso dos Correios,e pra ser carteiro,em passando,chego com as cartas na rua e “rebolo” pra cima,os donos que as peguem,são eles que esculhambam,porém,os senhores edis devem ordenar;bem,isso fica pra depois de resolverem as acomodações familiares,têm(?) razão.
Conheço a rua José Menescal, mas não sabia sobre a história do homenaageado. Gosto muito de saber sobre quem foram e o que fizeram para merecer uma lembrança e uma honra dessas. É uma pergunta frequente que faço a meus pacientes quando estou checando os dados da ficha. Mas a maioria das pessoas não sabe quem são os homenageados de sua rua. Fico pensando, se um dia colocarem meu nome em uma rua ou sei lá o quê e fizerem a pergunta: Quem foi Dra. Márcia.? E responderem: Sei lá…
Caro Carlos Santos, com relação ao comentário de Ze Roberto, lembro que, durante alguns anos, fizemos o georreferenciamento dos casos de hanseníase do município de Mossoró, a fim de estudarmos a distribuição da doença e ascaracterísticas espaciais. Para isso, precisávamos ir, à frente de cada casa dos pacientes e aferirmos as coordenadas geográficas. A dificuldade é absurda. Ruas sem placas. Mudança de nomes de rua, mas a persistencia do antigo nome pela população, numeração sem nexo, ordem, lógica, mais de uma casa com o mesmo número. Em uma rua a casa 6 era em frente a casa 1496. Parece que as pessoas adotam os números da SUCAM, consultam um numerologista, mudam de endereço e levam a placa com eles e afixam na nova casa… São várias as teorias a respeito. Mas é uma loucura o endereçamento da cidade.Um prejuízo para os correios, a prefeitura, IPTU, políticas públicas, populaçao…
Caros Anagito Boy e Carlos Santos,
Nós, da família de José Aoem Estigarriga Menescal, agradecemos a lembrança e a homenagem prestada. Iniciativas como essa ajudam a divulgar e preservar a memória de pessoas e acontecimentos que marcam a história da cidade. Parabéns pelo trabalho de pesquisa e divulgação!
Olá Amigo Carlos Santos, Parabens pela lembrança do Sr. Aoem, juntamente com o Sr. Anagito – Anagito, realmente sabe escrever as histórias, porque sempre pesquisa, biografias de vários vultos da cidade de Gov. Dix-sept, ele tem um acervo muito importante do municipio que nasceu, é preciso que os governantes de GDR explore juntamente com ele a cultura e deixe escrito para o futuro. – OBRIGADO
caros boy e Carlos
Fiquei deveras satisfeito e emocionado pela relato feito sobre o meu sogro, Sr. José Aoem. Não poderia deixar de enaltecer alem das qualidades expostas por vocês, o papel de pai coruja e devoção que tinha com os filhos. Homem de uma vida ilibada e de conduta de um cidadão exemplar que de forma ética educou os seus filhos e conduziu as suas amizades da mesma maneira que trilhou a sua existência.
em nome de minha esposa, ANTONIA JARA MENESCAL PINTO e dos meus cinco filhos, agradecemos de coração esta homenagem e lembrança relatada sobre a vida do meu sogro, JOSÉ AOEM.