Candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN), Josoniel Fonseca censura o que parece estar na superfÃcie da disputa institucional na entidade este ano: a reprodução de vÃcios da polÃtica partidária brasileira.
– Não devemos copiar, mas tem ocorrido – afirma.
Ele e alguns componentes de sua chapa visitaram órgãos de imprensa de Mossoró no dia passado. No escritório do conceituado advogado TarcÃsio Jerônimo, o candidato concedeu entrevista ao Blog para falar de sua postulação, a OAB e primados da atividade advocatÃcia.
– Esse tipo de comportamento que estamos vendo, na disputa da OAB, atenta contra a natureza de nossa profissão – alerta. “Eu não acredito em boa polÃtica com gente ruim (…). Precisamos fazer uma depuração. São mais de 40 a 45 mil bacharéis/ano que as mais de mil faculdades despejam no mercado”, exaspera-se.
Josoniel possui 28 anos militando como advogado. Há 20 atua na docência universitária. Para ele, a eleição tem que ser decidida em cima de escolhas qualitativas: “Pelo conteúdo. Pela popa e não pela capa”.
Em divulgação de sua chapa por Mossoró, Josoniel esperava receber apoio integral da candidata Samara Couto, que concorre à Subseccional mossoroense. Não o terá. “Ela é ligada à candidata que concorre à OAB/RN, Lúcia Jales, pois fazem parte de um mesmo movimento nacional de mulheres do Direito”, relata.
“Respeito e sei que conto aqui com apoio de outros nomes ilustres, como doutores TarcÃsio Jerônimo, Marcos Araújo e Paulo Gameleira – entre outros”, enumera.
Reeleição
Todavia ele tem posição firme contra a postura de dois candidatos em especial. Paulo Eduardo Teixeira que se candidata à reeleição da OAB/RN e Humberto Fernandes, da Subseccional-Mossoró.
– Um princÃpio da democracia que a OAB defende à polÃtica partidária não pode ser negado à polÃtica institucional. É a alternância no poder. O instituto da reeleição é nocivo ao regime e o fere de morte – comenta.
Entre as principais bandeiras de sua chapa, a “Para avançar, tem que mudar”, Josoniel Fonseca destacas três pontos:
1 – Ele pretende reduzir progressivamente a anuidade da OAB. “Temos uma das mais caras do paÃs, que prejudica sobretudo aos novos advogados”, justifica. No RN a Ordem tem cerca de 8,500 inscritos e o valor chega a R$ 440,00, enquanto em BrasÃlia com mais de 30 mil inscritos o valor chega a R$ 414,00.
2 – Transparência na gestão financeira da OAB/RN. O orçamento da entidade chegaria a algo em torno de R$ 3 milhões/ano. “Queremos maior participação dos advogados, para que tudo seja feito às claras.”
3 – Reestruturação da Caixa de Assistência. “Ela tem que agregar e integrar os advogados”, diz. “Foi vendido o ativo da Caixa, mas temos um passivo a resolver que corre na Justiça, em torno de R$ 2 milhões e tudo vem da gestão do atual presidente Paulo Eduardo”, assinala.
Outros Ãtens propostos por ele, a vice Fátima Delgado e demais componentes da chapa, são a defesa das prerrogativas profissionais; educação continuada com a Ordem ajudando na formação com sua escola atuante, como ocorre com magistratura e Ministério Público; luta pelo exercÃcio da ética.
– Chega de ouvir: "O advogado já me comeu tanto". A ética é mais ontológica (filosofia que trata do ser enquanto “ser”).
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Pois bem, os compomentes de Mossoró que constam na chapa de Josoniel Fonseca votarão em Samara Couto que está pedindo votos para Lúcia Jales, apesar de dizer que apoia esses colegas???
E Josoniel Fonseca disse na frente de Tarciso Jerônimo que é contra a reeleição! Espere e Tarciso Jerônimo não FOI reeleito na OAB? Por que só agora é contra? Coerência manda lembrança! Não acredito em gente assim.