No mais
O Rio vive a maior crise política e econômica desde que, em 1565, Estácio de Sá fundou a cidade.
No dia 8, o Palácio Tiradentes, sede do Legislativo, foi tomado por militares e, dias depois, dois ex-governadores acabaram sendo presos.
Se nada for feito, atesta quem faz contas, pode não ter grana para pagar a deputados e juízes.
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Eu em minha santa ignorância sempre achei um absurdo a ideia que o estado, a maquina publica tinha dinheiro ilimitado, deve ser por possuir a casa da moeda.
Hj pelo que vejo, acho que estava certo, dinheiro não é ilimitado, e se ligar as impressoras de dinheiro a unica coisa que vai ter em abundancia é inflação.
Lisos e sem ter onde cair morto, vão passar fome e despejados de onde moram por falta de pagamento do aluguel. Luz e água já foram cortados e, por falta e credito nos telefones, só ligam a cobrar.
Solidário, eu tô ”morrendo de preocupado” e ”sofro” à distancia. Pensando bem, eu queria muito estar na mesma situação em que eles se encontram, e ”sofrendo” todos os dias.
Snif! Snif! Snif! Estou ate pensando em ir a Cobal comprar um pé de coentro. Antes , eu vou ligar para um deles propondo trocar a minha situação financeira pela dele. Eu acho que ele vai aceitar.
– Mulé, prepare as malas. Parece que nós vamos voltar a morar na Big Favelona.
– Mô, vamos levar o quê, além das roupas?
– Mais nada. Nós vamos fazer uma permuta. Nós vamos morar na Favelona Maravilhosa, e o deputado ou juiz, pobres coitados, que vier morar aqui, vai herdar tudo que temos. Vamos deixar tudo, inclusive, o carro na garagem com o tanque cheio, a despensa abastecida, a geladeira cheia até a tampa e dinheiro suficiente para pagar água, energia e Sky durante seis meses. Ah, deixe todas as suas joias e os nossos cartões e créditos com as respectivas senhas.
– Qual o horário do voo?
– Voo que nada, nós vamos de buzão pinga pinga que é mais barato. Nós temos que economizar para poder ajudar deputados e juízes sem salario.
– Mô, e a Maria, nossa secretaria do lar? Ela vai?
– Vai ficar para arrumá a casa. O salario dela a gente paga.
– E Totó? A gente leva?
– Esse a gente leva. Esse cachorro dá muito trabalho e eu não quero dar trabalho às ”voças eiselências”. E não se esqueça de deixar aquelas suas roupas de fantasias sexuais que compramos no Paraguai. Vai ver que ”eles” precisam mais do que nós.
– Mô, as duas mochilas já estão prontas. Pode ligar pedindo o táxi.
– O celular eu deixei em cima da cama para eles usarem, e a gente não vai de táxi porra nenhuma. A gente vai pra rodoviária de moto táxi, ou de táxi lotação.
Pensando bem, é melhor agir assim do que se enforcar num pé de coentro, né não?
-Adeus, Mossoró.