A Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte (AMARN), através de nota oficial, resolveu reagir à campanha vista como “desrespeitosa e inconsequente” utilizada por dirigentes sindicais ligados aos servidores da Justiça do Rio Grande do Norte.
É delicada a relação entre juÃzes e serventuários da Justiça, em face de medidas tomadas pelo Tribunal de Justiça do RN (TJRN), que fez poda considerável no ganho pecuniário dos servidores. As medidas de ajuste fiscal e orçamentário desse poder esfacelou a renda dos servidores. DaÃ, a greve e um nÃvel elevado (ou baixo) de altercação entre as parte.
Na nota, assinada pela magistrada Hadja Rayanne Holanda de Alencar, ela lança arrazoado dando versão sobre o caso, atestando que há má-fé na interpretação das medidas e no que é auferido pelos judicantes.
Veja abaixo:
NOTA DA AMARN
A Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte – AMARN, em razão das manifestações de dirigentes do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário ocorridas durante a greve dos serventuários, vem se pronunciar, nos seguintes termos:
I- A AMARN repudia, com veemência e preocupação, a forma desrespeitosa e inconsequente utilizada pelos dirigentes sindicais para insuflar servidores e a sociedade contra a magistratura potiguar, na tentativa de convencê-los da justeza de sua pauta de reivindicações.
II – É inadmissÃvel que dirigentes sindicais venham a se valer de comparação remuneratória entre servidores e magistrados, haja vista que se tratam de carreiras distintas com atribuições e responsabilidades diferentes, sendo a remuneração da magistratura fixada pelo Supremo Tribunal Federal, de forma idêntica para todos os magistrados brasileiros.
III – Constitui total equÃvoco e beira a má-fé o discurso de que as medidas de ajuste fiscal e orçamentário adotadas pelo TJRN, tenham por objetivo direcionar os valores economizados para o pagamento de verba especÃfica da magistratura, quando se tratam de verbas de natureza diversa e que não integram os cálculos da LRF e, portanto, torna desprovido de razão e sentido o raivoso discurso sindical.
IV – A postura dos dirigentes sindicais de agredir a magistratura cria um insustentável clima de discórdia, com indesejáveis repercussões entre magistrados e servidores, e em prejuÃzo da prestação jurisdicional.
V – Por fim, a magistratura mantém sua postura de respeito aos servidores na busca dos seus direitos, porém exige e espera igual tratamento ético.
Natal, 20 de março de 2015.
Hadja Rayanne Holanda de Alencar
Presidente da AMARN
Seria muito salutar ver a reação da magistrada se os imorais auxÃlios(moradia,por ex.) ,em seu gordo salário, fossem cortados.O ilustre presidente do TJ mora num ap de luxo em areia preta e recebe,é claro,o seu.
O grande risco do mundo atual é a tristeza individualista, que brota do coração mesquinho.
Papa Francisco
Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.
Voltaire
Pense por si mesmo e dê às outras pessoas o direito de fazer o mesmo.
Voltaire
A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar.
Martin Luther King
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Martin Luther King
É errôneo servir-se de meios imorais para alcançar objetivos morais.
Martin Luther King
Verbas distintas fazem cair por terra o argumento do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário. Trata-se de proventos originados do STF e do TJRN, o primeiro, abrangendo a Magistratura e o segundo, os Serventuários da Justiça. Ora, prejudicados os Serventuários que reivindiquem seu direitos a quem os deve. Tem razão a Douta JuÃza, ao expor ” o insustentável clima de discórdia ” instalando “prejuÃzo da prestação jurisdicional.”
Vivemos momentos tão delicados de ordem econômica e social que é importante fazer soar a campainha do respeito.
Muitas vezes leio queixas e ironias quanto aos proventos recebidos pelos juÃzes. Seguinte: todos nós podemos alcançar a magistratura. É só fazer o CONCURSO. O juiz não é escolhido, é concursado. Então, o primeiro passo é fazer uma excelente Faculdade de Direito. Após ótimos resultados, ou seja, notas boas que revelem o aprendizado, sugeriria um mestrado. Talvez, a Escola de Magistratura seja o melhor caminho. Então, não pare de estudar. Estude muito. Esqueça festas, reuniões, batizados, casamentos, etc… Torne-se um monge. Depois, inscreva-se no Concurso. Vem a prova escrita. É dificÃlima, mas para quem tanto estudou…quem sabe? Nem sempre o sucesso vem na primeira tentativa. Faça outra e mais outra, até conseguir. Conheço alguns que passaram , na primeira vez. Raro. DaÃ, vem a segunda fase : a oral. Então, dá para se ouvir o ar que se respira. Fique à frente de um Desembargador e, responda, de imediato, todas as perguntas que lhe forem feitas. O faça sem titubear. Isso, em todas as matérias. Muitos caem, muitos. Mas começam tudo de novo. Outra prova escrita, talvez mais difÃcil do que a anterior.
Então, quem por acaso achar que o provento do magistrado é alto, precisa saber que ele, para ser juiz, tem que ser ” O Cara”, caso contrário não passa. E tem mais, passando, vai lidar com todas “as agruras de um povo”, é quando chega a hora da bênção. A bênção de Deus para que o ilumine em suas sentenças.