quarta-feira - 07/11/2007 - 18:50h

Justiça está prestes a julgar Laíre no caso “Sanguessugas”

É possível que ainda este ano, a Justiça Federal em Mato Grosso conclua processo da denominada "Máfia dos Sanguessugas." O ex-deputado federal Laíre Rosado (PSB) aparece em relevo. Triste proeminência.

O processo está "concluso para decisão" desde o dia 1o de outubro último, às 15h09:06.

O juiz da 2a Vara Federal em Cuiabá, Jeferson Schneider, é o responsável pela condução processual e emitirá a sentença.

Laíre foi ouvido em Mossoró no dia 17 de julho deste ano, às 17h30, pelo juiz da 8a Vara Federal, Marcos Mairton da Silva. Foram quase três horas de sabatina. O magistrado atendeu à carta precatória da Justiça Federal mato-grossense, para tornar mais ágil e cômodo para o réu a tomada de interrogatório.

Contra Laíre existem pesadas acusações.

A ele é atribuída participação destacada na quadrilha da Máfia dos Sanguessugas, em que receberia 10% de "bola" por emendas ao Orçamento Geral da União (OGU).

O processo de número 2006.36.00.008811-9 deriva de investigação do Ministério Público Federal (MPF). A peça acusatória do MPF, que este Blog tem cópia integral, com 244 páginas (além de 944 da "CPMI das Ambulâncias"), é devastadora.

Um dos líderes do bando, Darci José Vedoin, foi quem mais implicou Laíre e entidades como a "Fundação Vingt Rosado" e à "Associação de Apoio e Proteção à Maternidade e à Infância (APAMIM)." Ambas fazem parte de um elenco de empresas e instituições filantrópicas controladas pela família do ex-deputado.

"(…) O ex-deputado federal Laíre Rosado (então no PMDB/RN) associou-se de maneira estável e permanente ao núcleo empresarial da organização criminosa, direcionando emendas parlamentares de acordo com os interesses do grupo", denunciou o MPF. 

As emendas de Laíre, segundo atestou Vedoin no dia 21 de julho de 2006, às 9h25, na sede da Justiça Federal em Cuiabá, diante do juiz Jeferson Schneider e do procurador da República, Marcelo Borges de Mattos Medina, eram "para aquisição de unidades móveis de saúde e equipamentos médico-hospitalares (…)". 

Nos autos, o ex-deputado mossoroense é acusado por crime de lavagem ou ocultação de bens, corrupção passiva e formação de quadrilha.

Os problemas de Laíre não param por aí.

Paralelamente, MPF, Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal apuram outros supostos desvios de recursos para compra de remédios à Fundação Vingt Rosado e Apamim. Em Mossoró, dois procuradores federais vêm tratando diretamente da questão.

Num passado mais remoto, Laíre esteve enroscado em denúncia no Setor de Benefícios do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Foi no início dos anos 80. O caso foi até capa do Diário de Natal. Inquérito rumoroso, mas logo "esfriado."

Aguarde mais detalhes. 

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Comentários

  1. Carlos Magno Gurgel Dantas diz:

    A música “Nome aos bois” do Titãs sempre terá personagens para a sua letra, é lamentável, mas ela sempre se renovará. Ouvindo “Lama” (Clara Nunes), encerro o meu comentário.

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