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quinta-feira - 18/09/2008 - 12:59h

Lahyrinho tem situação complicada, Larissa pode se salvar

Há horas ouço gravações envolvendo nomes da coligação "Mossoró Pra Você" e interlocutores, em diálogos comprometedores. É a base da representação que tenta cassar o registro de candidatura a prefeito da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) e do seu irmão, candidato a vereador Lahyrinho Rosado (PSB).

O Blog teve acesso ao material e tenta simplificar o que fora captado.

Sinceramente, com base no que colhi, não vejo como a candidata Larissa Rosado seja enquadrada no crime de aliciamento de votos, como dizem os artigos 44 e 73 da Lei Eleitoral 9.504/97. Não acredito, a princípio, que ela perca o registro de candidatura, como deseja a coligação "Força do Povo", que sustenta o projeto de reeleição da prefeita Fafá Rosado (DEM).

Saliento, de antemão, que não sou jurista, advogado ou sequer um rábula. Falo com instinto jornalístico e razoável conhecimento do caso até aqui, além de leitura especializada. Não conheço a peça inicial da representação.

Já quanto a Lahyrinho, há elementos de sobra para que seja punido severamente, com perda do direito à disputa eleitoral. "Eu preciso do seu voto", diz ele a uma pessoa, tratando de favores do Departamento de Polícia Rodoviária Estadual (DPRE), o antigo Pelotão de Trânsito (PELTRAN), num escambo por voto.

O que ouvi é mais grave noutro aspecto: temos o visível aparelhamento da força policial responsável pelo trânsito urbano em Mossoró, nas mãos do esquema político liderado pelo casal ex-deputado federal Laíre Rosado (PSB)-deputada federal Sandra Rosado (PSB).

O papel cumprido pelo capitão Gomes é indefensável.

O DPRE não passa de um balcão para mercadejar votos, segundo o que é captado nas gravações. Pior: a instituição que deveria zelar o Código Nacional de Trânsito, acaba o desrespeitando de forma torpe.

O estado, por sua vez, toma prejuízos homéricos. São taxas e outras exigências pecuniárias que deixam de ser cobradas de motoristas infratores.

É possível identificar sinais de vários crimes: formação de quadrilha, associação para o crime, captação ilícita de votos, prevaricação (deslize cometido por servidor público, arranjando facilidades ou dificuldades no cargo exercido) e talvez até peculato (desvio de bens na atividade pública).

O episódio nasce como uma degeneração eleitoral, mas deve se transportar para a esfera criminal. Difícil é saber se há interesse no aprofundamento da questão, que exala um péssimo odor.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Rosano Azevedo diz:

    Há muito tempo, existe esse tipo de corrupção em Mossoró. Pena que só veio à tona neste período de campanha eleitoral. Quem quiser comprovar e ver com os próprios olhos o que estou falando, basta ir assistir aos exames de volante para requerer a CNH – Carteira Nacional de habilitação, ao lado do quartel da Polícia Militar de Mossoró. O Ministério Público precisa investigar tudo isto.

  2. Yano Oliveira diz:

    Se o tal Capitão, nas gravações, pedi voto pra Larissa (tem nor jornais), me parece que ela tb se beneficia do esquema, ou não?
    Alguém pode comentar sobre isso?

  3. junior diz:

    Queremos um pronunciamento do comandante, queremos um pronunciamento da governadora sobre o assunto, isso é inadmissível.

  4. sonali diz:

    Céus, será que dos candodatos a prefeito, só vai sobrar Renato, sem envolvimentos como esse, na presente campanha?

  5. Anônimo diz:

    Yano o Carlos Santos tem razão. O caso de Larissa é menos grave porque não há diálo com a sua voz. Apenas outras pessoas falam em nome dela. Daí muda o elemento prova incontestável, isto é, uma coisa é “FATO” Lairinho e Capitão Gomes. A outra coisa é “SUPOSIÇÃO” Larissa. Muito embora a SUPOSIÇÃO está muito proximo ao FATO tendo em vista que existe ai como prova não apenas gravações mais

  6. Marcos Pinto diz:

    Oi Carlos!
    É preciso relembrá-lo de que a DPRE foi criada através de Projeto legislativo de autoria da então Dep. Estadual Sandra Rosado,durante o segundo governo de Garibaldi. Como é do vosso conhecimento,no interior do RN é comum a existência de vultosa quantidade de veículos automotores (motos e carros)trafegando de forma irregular (principalmente atraso no IPVA)o que suscitou a ardileza maquiavélica de Sandra/Laire que desde que foi implantada (A DPRE) tem o Cap.Gomes como Comandante em Mossoró e região (indicado pelo casal). De lá para cá tem sido perene a apreensão destes veículos irregulares,ocasião em que aparecem os famosos “tapias” ligados ao casal,”(Pms) sugerindo às vítimas do ardil, que procurem Sandra/Laire ou Larissa que os mesmos traficam influência com o Cap. Gomes ,e por conseguinte conseguem a liberação do veículo. Pronto – está configurado o esquema de utilização de órgão público (DPRE) para obtenção de dividendos políticos-eleitorais. É o que tenho dito.

  7. Sandra Raissa F de Lima Escóssia de Oliveira diz:

    O episódio da captação ilícita de votos em Mossoró, expõe a “ferida” do tráfico de influência a que todos vivemos submetidos no cotidiano!! O DPRE é “apenas” um (01) órgão, que por indicação de “padrinhos”, pratica todo tipo de malfeitoria aos seus verdadeiros patrões, o povo!!

  8. Yano Oliveira diz:

    Sonali, envolvimentos como esse não é o caso dos pedidos de cassação contrá a prefeita, sem querer defender, as possíveis irregularidades de Fafá são bem diferentes, e como são!!!

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