Em qualquer canto que esbarro, o que ouço é sempre a mesma ladainha em tom de mantra:
– Larissa vai ser a candidata de Rosalba e Carlos Augusto à prefeitura.
Como já escrevi aqui bem antes das eleições, volto a repetir com o quadro formado pós-eleições: não acredito.
Por quê?
Os mesmos argumentos de antes:
1º – Os Rosado não precisam se unir em torno de uma postulação municipal, haja vista que dominam os dois lados da disputa e não são ameaçados por qualquer força alternativa. Um dia eles estarão novamente unidos, num bloco monolítico, desde que estejam ameaçados por adversários à altura;
2º – Carlos Augusto Rosado (DEM), marido da governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM), tem como fazer uma candidatura viável à vitória em 2012. Tem tudo à mão para esse fim;
3º – Carlos sabe o preço que pagou para chegar até o topo do poder no Rio Grande do Norte, depois de ter endossado a candidatura eleita e reeleita da prima Fátima Rosado (DEM). Mais um pouco e todo o seu projeto tinha desmoronado, tamanho o descalabro da gestão de "Fafá", além das perfídias políticas que sofre nesse tempo.
4º – A deputada Larissa Rosado (PSB) não é Fafá e sua mãe, deputada federal Sandra Rosado (PSB), não é Gustavo Rosado (PV). As duas, mãe e filha, sabem o que é política e não cometeriam as estupidezes que os irmãos Fátima e Gustavo promovem cotidianamente há duas gestões. Carlos sabe disso;
5º – O que o grupo da deputada Sandra Rosado deseja, o que é compreensível, não é apenas uma eleição e, sim, "nomeação" de Larissa à prefeitura;
6º – Você entregaria de mão beijada a Prefeitura de Mossoró a um grupo que poderia suplantá-lo em termos de poder? Carlos Augusto também não. Ele e Rosalba entronizaram Fátima & família no Palácio da Resistência porque tinham consciência de que eram incapazes e precisariam de ajuda para governar. Acertaram em cheio. Só erraram na previsão de que seriam chamados a socorrê-los, o que não aconteceu;
7º – Numa eventual composição do grupo de Carlos Augusto com o de sua prima e "adversária" Sandra Rosado, quem ficaria subordinado a quem? Quem seria o comandante-em-chefe plenipotenciário e quem seria o soldado raso?
Como se vê, pelo arrazoado acima, em sete pontos (que podem ser acrescidos de outros), a engenharia familiar torna possível uma candidatura de união de Larissa Rosado, mas não é muito provável que ocorra.
Na campanha 2010, os dois lados se contentaram com um pacto de "não-agressão" e "parceria" informal que proporcionaram vitória de ambos.
Veja clicando AQUI, matéria anteriormente escrita sobre o mesmo tema.
Foto – Arquivo Blog do Carlos Santos – Carlos e Sandra em junho deste ano, em Mossoró.
Como você citou no titulo: “de fato” , mas veladamente. Pode apostar.
Dividir para conquistar!
Essa parce ser a estratégia dos rosados em Mossoró.
Sandra sempre esteve com o governo estadual e controlou os cargos neste nível dentro da cidade e região.
Com Carlos no governo estadual ela poderá peder poder se não conseguir abarcar prefeitura de Mossoró.
Como Frank disse, as claras continuarão “bringado”, mas veladamente…podem continuar dividindo o poder na ciade.
Carlos sabe,como ninguém,fazer com que certos caminhos não sejam cruzados,avisa sem nenhuma reunião,mas, por “fumaça”,gestos ou por um “Nêgo Rubens” quaisquer.Assim é ele:
“Ponto e basta”
E viva a oligarquia rosadista!!!
parabens,como sempre uma analise perfeita.
É muito estéril essa abordagem acerca das nuances oportunistas da oligarquia político-familiar numerada de Mossoró.