A deputada estadual Larissa Rosado (PSB) vai, tudo indica, para sua terceira empreitada consecutiva para prefeito de Mossoró.
Como já dito pelo Blog noutra postagem analítica, tem dianteira, favoritismo, mas não folga. É o único nome de oposição ao Governo Fafá Rosado (DEM), mas não necessariamente ao grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Esse acordo tácito ou expresso (nos bastidores) entre seu esquema e o da governadora, é uma faca de dois gumes. Em se tratando de disputa municipal, mais ainda.
Seccionando esse duelo, de modo a "livrar" a cara da governadora, para apenas bater de frente com a facção da prefeita de direito Fafá Rosado (DEM), ela pode cair na mesma armadilha que vitimou seu pai em 1988, então deputado estadual Laire Rosado (PMDB, hoje no PSB).
Àquele ano, Laíre foi candidato favoritíssimo a prefeito, contra a imberbe Rosalba Ciarlini (PDT, à ocasião), sem molestar o prefeito Dix-huit Rosado. Ficou aguardando seu apoio para sacramentar vitória.
O tempo passou e Dix-huit, faltando cerca de um mês para o pleito, anunciou que estava ao lado de Rosalba. Pulou no meio da postulação da pediatra Rosalba, após cientificado de que ela já tomara boa dianteira, conforme uma pesquisa eleitoral apontara.
O favorito acabou derrotado.
Larissa e seu grupo até hoje omitem de sua estratégia de "oposição", um detalhe crucial para entendimento da sociologia politica mossoroense contemporânea: Rosalba é a principal endossante do governo. Indicou, pediu votos e o apoia até hoje.
As duas eleições de Fafá Rosado formam o maior estelionato político-eleitoral da história de Mossoró. Rosalba garantiu que a sucessora seria sua continuidade administrativa. Bem, se é continuidade… pobre Mossoró, pobre Rio Grande do Norte.
Tirar as vísceras desta administração, sem citar a atual governadora, é um processo cirúrgico capaz de impor à Larissa o mesmo veneno que seu pai tomou há quase 23 anos.
E se o apoio de Rosalba não chegar?
Na campanha de 2012, talvez não haja mais tempo nem meios de ajustar outro discurso, caso seja obrigada a ir pro ataque.
Escolher se é oposição a uma ou as duas, é parte dessa delicada engenharia político-eleitoral.
Se foi bom para os dois lados essa comunhão em duas disputas estaduais (2006 e 2010), a realidade paroquial pode ser outra. A menos que aconteça um acordo definitivo para fazê-la candidata dos dois grupos.
O redemoinho está só começando. A política de Mossoró definitivamente não é para amadores.
Foto (Acervo do Blog do Carlos Santos) – Dix-huit, ao centro, com Laíre ao lado, deu "chá-de-cadeira" insinuando que poderia apoiá-lo e saltou no palanque adversário. Ainda aparecem na foto, o então secretário estadual Pedro Simões e os radialistas Edmundo Torres e Nazareno Martins (com óculos)
A foto traz à tona uma saudade do amigo e colega no Colégio Estadual Nazareno Martins, recôndita nas cinzas do tempo que lá se vai. As vicissitudes e apreensões pelas quais ele passou, convivendo com os dois lados da oligarquia político-familiar numerada de Mossoró, cortou-lhe a trajetória em pleno vôo, vitimado pelas mágoas escondidas no coração dilacerado. Os Rosado políticos usaram-no como um “Inocente útil”. Tenho dito, com firma de minha assinatura reconhecida no Cartório do velho Tabelião Philástrio Lopes Corrêia Pinto.
Alguém aí sabe de quem fala o dilacerado escriba?
O saudoso Nazareno Martins foi meu colega no Centro Educacional Jerônimo Rosado – o conhecido Colégio Estadual, onde dirigiu o Centro Estudantil.
ENGENHARIA QUE ROSALBA E CARLOS TEMQUE FAZER… MAS PRESTAR ATENÇÃO QUE O POVO NÃO É MAIS BOBO. ESSA ELEIÇÃO VAI SER BOA. E EU SÓ VOTO EM ALGUM SE FOR CLAUDIA REGINA, HÁ CONHEÇO A TEMPOS SEI DA CORDA BAMBA QUE A MESMA VIVE PRA ESSE POVO TODO NAODESTRUI-LA. AGURADEM!