Sei lá o porquê, não sei mesmo. Mas, bateu-me à memória e acordei cantarolando em silêncio (sim, é possível) o refrão de uma música de duplo sentido, que fez parte de minha tenra juventude.
É “Mudança das capitais”, do sanfoneiro, cantor e compositor Zenilton (José Nilton Veras), 82, nascido em Afogados da Ingazeira (PE).
“(…) A capital do Equador é Quito; nunca mudou, é sempre Quito…”, cantava ele, lascivo, xote que agitava o arrasta-pé, além de ser uma bizarra aula de geografia.
Mestre do duplo sentido e do bom humor, para driblar a censura durante o regime militar o grande Zenilton – que é filho de um dentista do Exército – fazia os trocadilhos mais improváveis. Passava tudo pelos censores.
Num comparativo com as baixarias musicais infames que testemunhamos nesses tempos, tudo soava singelo.
Éramos também um pouco inocentes. Politicamente incorretos.
Saudosismo? Talvez, talvez!
Agora vou ouvir também “Milho cru”, “Buraqueira”, “Piqui”, “Eu sou comico”, “Todo mundo lá tem culpa”, O calouro não passou”, Eu sou budista”, “É só capim-canela”, “Centavos novos”, “Plantei a mandioca nela”, “A gente tem que ir”. De Zenilton, claro.
Recomendo. Antes, tire as crianças da sala.
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E pensar que a MPB é riquíssima e temos que ouvir BOTO OU NÃO BOTO… TÔ COM MEDO…
Depois ficam com churumelas dizendo não saber o porquê do rádio estar morrendo.
Hoje com o Whatsapp é possível escutar as músicas desejadas.
E o melhor, fugir do noticiário que tenta, desesperadamente, ENCOBRIR as mazelas das administrações desastradas.
Nem mais esconderem licitação de compra de COENTRO conseguem.
Eu vou é ouvir AVE MARIA na voz daSIMONE. Quem quiser ouvir Teló ou Safadão é só ligar o rádio.
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VEREADORES DE MOSSORÓ CADÊ O COENTRO DA LICITAÇÃO DE 143 MIL REAIS?
ESTÃO VENDO COMO DE NADA ADIANTA O RÁDIO NÃO TOCAR NESSE ASSUNTO? LOGO O TCE, TCM, MPRN VÃO SABER DESTA COMPRA.
Carlos !
Que coincidência ! Semana passada também tive esse mesmo surto de memória e ouvi várias músicas do Forrozeiro Zénilton e mostrei a amigos que mesmo sendo músicas de duplo sentido e com teor humorístico eram bem melhores que as atuais baixarias que tocam nas mídias atualmente, no passado recente até às baixarias eram melhores que as de hoje em dia.
NOTA DO BLOG – Que bacana. Bom demais, sô!