Por favor, não me fale em rock nacional apontando para os anos 80, como se nada tenha ocorrido antes. Não é o marco zero.
Temos também nossos dinossauros encantados. Mutantes, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Made In Brazil etc.
Mas quero lembrar de "O terço", nascido no Rio de Janeiro em 1968. Fazia uma mistura de rock progressivo com rock rural e pinceladas em MPB.
São mitológicos, em formações sempre recheada por excelentes músicos. Entre eles, Sérgio Hinds, VinÃcius Cantuária e Flávio Venturine (depois 14 Bis); Cézar de Mercês, Sérgio Magrão (depois 14 Bis) etc.
Oferto-lhe Criaturas da Noite, de Venturini e Luiz Carlos Sá:
Vendo os bichos sozinhos na noite
Distração de quem quer esquecer
O seu próprio destino.
Me sinto triste de noite
Atrás da luz que não acho
Sou viajante querendo chegar
Antes dos raios de Sol.
Tenha uma semana abençoada, com saúde e paz.
Veja AQUI a letra;
Veja AQUI o vÃdeo, com Sérgio Hinds no vocal e orquestra comandada por Rogério Duprat.
Concordo quando você diz que os anos oitenta não foram o marco zero, mas temos que, no mÃnimo, considerá-los como uma grande referência, não só na música brasileira, pois na verdade o mundo inteiro pode apreciar uma das melhores décadas da história não só do rock, mas da música mundial. Já não temos o mesmo prazer em agraciar nossos tÃmpanos, pois são raras as exceções, até mesmo bandas que já existiam à quela época, tanto no Brasil como mundo afora, não fazem músicas com a mesma qualidade. Portanto, podemos dizer que os anos oitenta não foram o marco zero, mas parece terem sido o marco final, no que diz respeito à qualidade musical, não é que não existam músicas e bandas respeitáveis, mas não são regra e sim exceção. Pelo menos é assim que vejo.