Respeito quem adota a onda "forrozeira" como essência musical, em cima de letras chulas que exaltam cabaré, cachaça e machismo. Compreendo a linguagem inconsciente da autoafirmação.
Mas o substrato é outro.
O forró é salvo por quem preserva a força rítmica do gênero nordestino, com letras que revelam a riqueza poética de nossos artistas.
Tareco e Mariola é uma criação de Petrúcio Amorim. Flávio José encarnou-a por inteiro.
(…) Eu me criei
Matando a fome com tareco e mariola
Fazendo versos dedilhados na viola
Por entre os becos do meu velho Vassoural.
Para a semana começar no passo certo, oferto-lhe esse bálsamo.
Há muito tempo me perguntava porque não aparece ninguém da mídia para mostrar que essa onda “forrozeira” não é forró. Finalmente! Ouço a música Tareco e Mariola desde que ela foi gravada. Para quem quizer saber o que é forró, ouçam Luiz Gonzaga.
Prezado Carlos Santos. Com Tereco e Mariola você pisou nas minhas feridas. Sou admirador incondicional desse cancioneiro Norcestino que é Flévio José. Tenho maisde duzentas músicas suas em meu compudador. Peço-lhe que se aprofunde um pouco mais no reperetório desse grande músico e nos premie, de vez em quando com suas músicas.
Concordo plenamente contigo. Forró só o autêntico… Por isso… Salve !!! Luiz Lua Gonzaga-O REI, Santana(O Cantador), Dominguinhos, Waldonis, Oswaldinho, Flavio José, Petrucio Amorim e por aí vai…
Prezado jornalista,
Depois que aquele maluco (por dinheiro, diga-se de passagem) da Som Zoom Sat (se a grafia estiver errada, tem nada nada), um tal de Emanoel Dantas (acho que o nome é este), inventou esse primo distante do forró, que já foi chamado por uma pequena parte consciente da mídia de “oxent music”, o verdadeiro forró somente não desapareceu porque ainda há fiéis admiradores desse estilo-arte musical. Como é bom ouvir Santana, Novinho da Paraíba, Alcymar Monteiro, Flávio José, Waldonys, Dominguinhos, Jorge de Altinho, Clã Brasil (banda fantástica da Paraíba, esquecida ou tratada como “janela” no Mossoró Cidade Junina), Biliu de Campina (forrozeiro da Paraíba) e muitos outros que, sem se venderem à loucura da mídia, continuam a gravar coisas boas, à la Luiz Gonzaga, Sivuca e Jackson do Pandeiro.
E, para piorar, ainda existem esses terríveis paredões de som, que bem retratam a idiotice de quem os usa.
Em nome da nação forrozeira nordestina, obrigado pela lembrança desse clássico do autêntico forró, que é “Tareco e mariola”.
Alcimar.