A licitação para contratação de empresa para execução do serviço de limpeza urbana de Mossoró foi retomada na manhã de hoje (segunda-feira, 12) com a leitura da ata com respostas aos questionamentos realizados pelos licitantes e julgamento dos documentos de habilitação. Esse processo licitatório foi iniciado em 21 de dezembro com o credenciamento das empresas e apresentação de documentos.
Após análise técnica e contábil dos documentos, com auxílio do corpo técnico da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos (SEIMURB) e da contabilidade da Prefeitura de Mossoró, três empresas foram habilitadas no certame: Construtora Marquise S/A, Saneamento Ambiental LTDA (Sanepav) e Vale Norte Construtora LTDA.
Três inabilitadas
Outras três empresas foram credenciadas para o processo licitatório, mas foram inabilitadas pela Comissão Permanente de Licitação por não atenderem a todas as exigências do edital: Esquadra Construções Eirele, Ecov Monitoramento Ambiental e Locação de Equipamentos LTDA e M Construções e Serviços LTDA.
Agora, a Comissão abriu prazo de cinco dias úteis para apresentação de possíveis recursos e, posteriormente, mais cinco dias para contrarazões das demais empresas. Após este período, a Comissão decidirá sobre os possíveis recursos e publicará a reabertura da Sessão para abertura das propostas de preços.
História sem licitação
O serviço de limpeza urbana de Mossoró está sendo licitado mais de uma década depois. Tentativa anterior ocorreu em 2016, na gestão Francisco José Júnior, mas acabou sendo freada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e decisão judicial. O montante era de quase R$ 150 milhões.
A última vez em houve licitação foi na gestão Fafá Rosado (DEM, hoje no MDB), em 2005. Desde então é sequencialmente ‘tangida’ por dispensa de licitação e aditivos.
A empresa que executa os serviços atualmente, a Vale Norte, entrou sem licitação em maio de 2016. Desde então obteve mais três dispensas de licitação (duas na gestão da atual prefeita Rosalba Ciarlini-PP) e um aditivo.
Muitos milhões
Seu contrato vai se encerrar em maio deste ano. Até lá, terá empalmado mais de R$ 52 milhões num espaço de dois anos, sem licitação alguma.
Esse montante daria para construir mais de 1000 casas populares no padrão do Conjunto Maria Odete Rosado (Minha Casa, Minha Vida), entregue ano passado pelo governo federal em parceria com município.
Breve relato de uma história de insalubridade moral
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Em um ano e seis meses, os reajustes contratuais em favor da Vale Norte chegaram a 48,3%. A empresa anterior que era responsável por esse serviço, a Sanepav, empalmou mais de 150 milhões no período que atuou.
O escândalo passa despercebido por boa parte dos órgãos fiscalizadores. Quanto à população, ela fica com ônus duplo: serviço péssimo e custo estratosférico, além de constantes greves de terceirizados cobrando pagamento em dia.
Pelo visto, o fetiche é por ‘tocar terror’ na vida de aposentados/pensionistas da Universidade do Estado do RN (UERN), correr atrás de dinheiro de ponta de lenço na Câmara Municipal de Mossoró e medir tamanho de barracas e palcos no Cidade Junina.
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Só uma pergunta: Mário Rosado tá de volta om suas carroças?