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sexta-feira - 10/02/2023 - 11:28h
Oposição

Líder é descartado para que tática do ‘quanto pior, melhor’, seja mantida

Conselhos de Francisco Carlos causam reação contrária e outros vereadores anunciam sua saída

Declarações do líder da Oposição na Câmara Municipal de Mossoró, vereador Francisco Carlos (Avante), apelando a seus pares antigoverno a uma reflexão, em vez de adotarem tática de frenético denuncismo varejista, causou mal-estar. Suas palavras ao programa Jornal da Tarde da Rádio  Rural de Mossoró, na quarta-feira (8), deixaram a oposição ainda mais sem prumo e rumo.

“Eu quero discutir a qualidade da política pública, que é isso que interessa. A escola pode funcionar bem, apesar de não ter um refrigerador adequado. Essas coisas são meios, não são fins. O Executivo deve se dedicar a discutir os meios. O que temos de discutir é quais são os resultados, como analfabetismo, Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e avaliações de ensino”, destacou Francisco Carlos, sabatinado pelo jornalista Saulo Vale, apresentador do noticioso (veja AQUI).

O puxão de orelha do professor Francisco Carlos não é novo. Repete-se e deveria forçar o oposicionismo à reflexão e ajustes. Porém, provocou revolta e anúncio de sua destituição do posto de líder, comunicado pelos vereadores Pablo Aires (PSB) e Marleide Cunha (PT) em redes sociais e imprensa.

Um projeto

A oposição tem memória curta e seletiva, pelo visto. Ano passado,  mais de uma vez em plenário, Francisco Carlos cobrou foco e um projeto de oposição à oposição. Não foi ouvido ou escutado. Seguem com tática definida pela estratégia: o quanto pior, melhor.

Dia 17 de novembro de 2022 (veja vídeo nesta postagem), pouco mais de duas semanas após eleições do segundo turno no país, em entrevista ao programa Enfoque Político da Super TV, ele consubstanciou seu pensamento quanto ao que é ser oposição:

– A oposição em Mossoró precisa ter projeto político, precisa ter projeto para a cidade – indicou. “Eu não acredito em política feita sem proposta, sem base programática, sem diagnóstico de problemas, sem apresentação de soluções. É uma política pequena, tacanha, casuísta, feita apenas no combate em termos de acusação do adversário, de diminuição, de fustigar o adversário, identificar erro do adversário e tentar expô-lo no sistema de comunicação, nas redes sociais. Desgastar o adversário muito pelo erro do adversário e não pela proposta que possa ter”, avaliou.

Previu, que se essas forças contrárias ao prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) não se organizarem e se articularem, de forma homogênea, “unidas ou preferencialmente unidas”, deverá acontecer o que já aconteceu em inúmeros ocasiões: “É o salve-se quem puder.” Um cada um por si e Deus por todos, simplificando.

Uma constatação que pode se repetir inclusive para si, em busca da reeleição, considerou na mesma entrevista.

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Categoria(s): Política

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