Por Cid Augusto
Minha língua é a foz da velha trama
Da saliva que brota no arrepio,
Quando a boca no peito se derrama
Inaugurando o leito deste rio.
Desce ao sopé florido da montanha,
Sobe noutra, mas antes que se instale,
Seduzida no ardor, já não se acanha,
Desembesta dançando pelo vale.
Vai correndo com lânguida destreza,
Levando em ziguezague a correnteza
De suor, d’água doce e de fissura.
Rodopia sem pressa, segue em frente,
Atravessa a floresta e, de repente,
Penetra o mar que geme de loucura.
Cid Augusto é cronista, poeta, escritor, jornalista e advogado
Como é bom esse Cid Augusto. Está sempre nos presenteando com pérolas como esta. Parabéns amigo. Continuo lendo tudo que você escreve. Que maravilha. Não pare nunca.
Meu Caro Cid, belo poema…imagine o dito musicado…!!!
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Parnasianismo na era da informação?
Pelamordedeus!
Talvez isto explique por que temos um selo editorial chamado “Jovens Escribas”… e que comporta “jovens” notórios da faixa etária de um Nei Leandro.
Ninguém merece.