A Macrorregião Mossoroense, formada por 25 municípios do Oeste potiguar, concentra quase 40% do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do Rio Grande do Norte – indicador que mede a geração de riqueza e define a participação dos municípios na arrecadação do ICMS estadual. O dado reforça a importância econômica da região, que mantém ritmo de expansão e projeta crescimento superior à média estadual para 2025.
O panorama foi apresentado na quarta-feira (18), durante o almoço de negócios promovido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindilojas Mossoró), no Sesc da cidade. Empresários, lideranças políticas e representantes do setor produtivo acompanharam a análise técnica conduzida pelo economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN), William Figueiredo.
Com o apoio de gráficos, tabelas e notas explicativas em sistema multimídia, o especialista detalhou o desempenho recente e as projeções para os setores de comércio, serviços, turismo e indústria tanto de Mossoró quanto da macrorregião.
Somente no município de Mossoró, a geração de empregos registrou 20% de participação no estado em 2024, superior à sua participação no PIB de 10%, o que consolida o município como um dos principais motores econômicos do Estado. Nos últimos quatro anos, a cidade acumulou um saldo positivo de 22 mil novos empregos, dos quais 16 mil estão concentrados nos segmentos de Comércio e Serviços, confirmando a força dessas atividades na geração de renda e ocupação.
O turismo também se mostrou relevante para a economia local, com impacto estimado em R$ 700 milhões apenas no último ano, além de ter sido responsável pela criação de 7,4 mil postos de trabalho, formais e informais.
Diversidade e dinamismo
A macrorregião como um todo reforça esse cenário positivo, graças à diversidade e ao dinamismo econômico das três microrregiões que a compõem.
O setor de Comércio representa cerca de 75% das empresas ativas e emprega quase metade da força de trabalho formal da região. A indústria também vem ganhando espaço, com investimentos em empreendimentos de pequeno e médio porte que ampliam a base produtiva. Desde 2020, foram criadas aproximadamente 31 mil vagas de emprego na macrorregião, um desempenho superior à média potiguar no mesmo período.
Diversificação
Apesar dos números positivos, o estudo alerta para entraves estruturais que podem limitar a competitividade regional. Segundo William Figueiredo, apenas 26km do contorno viário de Mossoró apresentam condições consideradas ótimas, o que gera um custo adicional estimado em R$ 144 milhões anuais no transporte de mercadorias. Resolver esse gargalo logístico é fundamental para reduzir despesas e atrair novos investimentos.
O especialista também destacou oportunidades de diversificação econômica, especialmente no turismo, com a criação de roteiros culturais e rurais que dialoguem com as vocações locais. A chegada de projetos de energia eólica offshore foi citada como uma das apostas para ampliar a geração de emprego e renda nos próximos anos. A expectativa é que o PIB municipal de Mossoró mais uma vez acima da previsão estadual, de 2,1% para 2025.
Para o presidente do Sindilojas Mossoró e vice-presidente da Fecomércio RN, Michelson Frota, o evento cumpriu seu objetivo ao apresentar um retrato fiel da economia local e regional, além de apontar caminhos para o futuro. “Este almoço de negócios cumpriu seu papel ao oferecer um panorama claro sobre onde estamos e para onde podemos ir. A análise aprofundada dos dados reforça a necessidade de planejamento conjunto entre empresários e poder público. Seguiremos empenhados em criar condições que estimulem novos investimentos e fortaleçam a nossa economia local”, afirmou.
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