Em 2020, última eleição municipal no país, o MDB continuou com o maior número de prefeituras, assim como nas eleições anteriores, em 2016 (veja AQUI). O partido, porém, elegeu 251 prefeitos a menos em comparação com 2016 (caiu de 1.035 para 784). Contudo, impressiona a sua capilaridade como legenda municipalista.
Ainda sobre 2020, PP e PSD completaram o pódio do Executivo municipal, com 685 e 654 prefeitos eleitos, respectivamente. Ambos partidos registraram alta em relação a 2016. O 2º turno destas eleições foi realizado no domingo (29 de outubro de 2020).
Nesta terça-feira (31 de outubro de 2024), damos sequência à série que iniciamos dia passado (Partidos seguem para repetir grande eleição de vereadores em 2024), tratando do quadro eleitoral que se avizinha, mas com retrovisor para enxergarmos o que ocorreu antes. Mapear o passado é uma forma de nos situarmos no presente e vislumbrarmos o futuro.
Veja abaixo um resumo de matéria especial que fizemos à época, com fim do pleito em 2020, traçando um inventário do que foi extraído das urnas:
Em 2020, em 5º lugar, o DEM foi a sigla que mais cresceu em números absolutos na comparação com quatro anos atrás. O número de prefeituras pulou de 266 para 464 – o que equivale a uma subida de 75%. Desse total, quatro foram prefeitos de capitais. Bom lembrar que o DEM passou por fusão com o PSL, virando o União Brasil – nascendo muito forte.
O PSDB ocupa a 4ª posição do ranking, com 520 prefeitos eleitos. Nas grandes cidades (aquelas com mais de 200 mil eleitores), PSDB, MDB, DEM e PSD vão administrar o maior número de prefeituras – apontou o G1.
Considerando a variação percentual, as legendas que mais cresceram foram Avante (583%), Patriota (277%), Podemos (252%) e PSL (200%). Por outro lado, as maiores baixas ficaram com siglas que conquistaram apenas uma única prefeitura – PTC (-94%), DC (-88%) e PMB (-67%).
Em números absolutos, os partidos que mais perderam prefeituras foram PSDB (-265), MDB (-251) e PSB (-151). O PSDB havia aumentado a quantidade de prefeituras em 2016, ano em que ocorreu o impeachment de Dilma Rousseff. Na época, elegeu 785 prefeitos. Em 2020, foram 520.
PT sofreu mais uma queda
O PT, que ocupou a Presidência da República de 2003 a 2016, registrou mais uma queda. Em 2012, o PT conseguiu 630 prefeitos. Em 2016, esse número foi de 254 (uma queda de 60% em comparação com 2012). Em 2020 teve o total de 183 prefeituras (redução de 28% em comparação com 2016).
*O levantamento não considera os candidatos a prefeito “sub judice”, que aguardavam julgamento da Justiça Eleitoral. Houve 102 disputas nesta situação no 1º turno e duas no 2º turno.
Com Lula de volta à presidência da República, o partido terá um teste de fogo para voltar a crescer nos municípios, em 2024.
O resultado do primeiro turno já apontava para um crescimento de partidos considerados do “Centrão”, grupo de siglas com práticas fisiológicas que se aproximou de Jair Bolsonaro, eleito presidente em 2018. PP, PSD e Republicanos foram alguns dos partidos que mais cresceram. Também já tinham sido identificadas quedas de partidos tradicionais como PSDB, MDB, PSB e PT.
E 2024? A polarização nacional que não cessa entre lulistas e bolsonaristas vai puxar para cima, em nova polarização, candidatos das duas correntes? Até aqui não existe indicadores nessa direção. A vida acontece nos municípios e os pleitos – em boa parte – têm características plebiscitárias (sim ou não de aprovação à gestão) e são regidos por temáticas e questiúnculas paroquiais.
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