A professora e amante da língua-pátria, Tetê Bezerra, fiel leitora deste Blog, dá-me esse suplemento. Estava precisando.
Nos últimos dias, a saúde claudicou e abundaram problemas com a Net. Novas intempéries, outras que se renovaram e recrudesceram. Mas passou. Tudo passa.
Minha "Divisão Panzer" continua avançando. Ler Galeano renova minhas forças. O autor de um clássico como "As veias abertas da América Latina" mergulha, intimista e desarmado, em personagens sem faceta heróica. Gente. Tão-somente.
O espanto do menino que não acha seus olhos suficientes, para vislumbrarem o mar pela primeira vez, é de eriçar os pelos.
Leia-o abaixo:
“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!"
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