Há dias Mossoró comenta em cochicos, quase em sussuros, um suposto incidente ocorrido na Praça de Alimentação do "Mossoró West Shopping." Envolveria componente de tradicional e abastada famÃlia local.
Em evidência, muito mais versões do que fato. Predominam boatos naturais e artificiais. A verdade parece condenada à morte e poucos envolvidos direta e indiretamente no incidente manifestam desejo de salvá-la.
Posso dissecar sobre a questão, sobretudo quanto à sua atmosfera de disse-me-disse. Entretanto também sujeito a deslizes, haja vista uma mistura explosiva à cobertura de qualquer fato jornalÃstico: de um lado temos uma onda de interrogações e de outro uma blindagem com meias-verdades e silêncio intrigante.
No meio, há o episódio limpo e seco. Está à espera de quem o exume, o expondo à opinião pública sem tantas impurezas.
Fora da cidade, pertinho no Ceará, meu telefone tocou várias vezes com interlocutores me comunicando o acontecimento. Outros queriam detalhes em primeira mão, antes de acesso ao próprio Blog. Em todos, uma versão diferente, personagens distintos e ninguém capaz de fazer uma narrativa confiável.
Em qualquer manual de jornalismo ou mesmo com o simples uso do bom senso, é recomendável o quê? Fuçar mais ainda a notÃcia, tentar separar joio do trigo. Tenho feito isso desde então, a começar da distância fÃsica de Mossoró, além de procurar quem pudesse esclarecer tudo.
Acumulam-se ainda dezenas de e-mails cobrando a publicação de "tudo", com juÃzo de valor formado. Alguns até provocativos e insultantes. Porém nenhum conseguia plasmar o que denunciava-cobrava. Ninguém citava nome ou sobrenome de envolvidos. "Gente importante", "pessoa de famÃlia rica (…)" etc foram os termos usados como "pistas".
Não faltaram e-mails com remetentes de nome e endereços falsos. O pente-fino tecnológico detecta essa armação facilmente. Com um aperto é possÃvel saber a origem do computador (IP).
Conheço bem esse modelo de "fonte." Manifesta um virtual espÃrito de cidadania e de justiça, mas às escondidas, sem se envolver. Se dou uma informação inverÃdica e busco o testemunho de quem me passou o dado, numa eventual demanda judicial, claro que não a terei.
A longa estrada do jornalismo me ensinou a fazer umas perguntas básicas ao "alter ego", quando alguém me passa "um furo": Qual o interesse da fonte naquela veiculação? Pretende me ajudar desinteressadamente? Deseja tirar dividendos em favor próprio ou se trata de vingança-recalque?
Não se descarte ainda a vontade de outros em contribuir ao bom jornalismo. O que consegui extrair desse enredo intrincado, até aqui, passo a narrar – e analisar – adiante.
Não saia daÃ.
Daqui a pouco retorno.
Caro Carlos Santos,
Eliana Lima na sua coluna da Tribuna do Norte de hoje, cita o “Milagre e o Santo” do episódio do Mossoró West Shopping.
Abraços,
Houve uma promoção,pense num pône bonito. e fui sorteada.pois na epoca eu era assinante da gazeta. qual foi minha suprêza quando levei minha filha para tirar fotos com o pône o empregado de Fábio Porcino disse o que a senhora ganhou é esse. mais as fotos vai ser com esse pône do filho dele lindo lindo. eu disse de jeito nenhum ela vai tirar com o que ela ganhou com esse jumento pense num pangaré feio por sinal eu vendi a Paulo Linhares.mais me arrependi eu devia ter tirado as fotos com o pône bonito ter entrado na justiça né?