O caos administrativo deixado em Natal pela prefeita afastada, Micarla de Sousa (PV), sacraliza e imuniza o prefeito eleito Carlos Eduardo Alves (PDT).
Sitiado por Micarla e sua bancada de vereadores, que tentaram alijá-lo da disputa eleitoral, Carlos sobreviveu e ganhou as eleições.
Na hora de gerir essa herança maldita, ele tem crédito de sobra.
O próprio fim melancólico do governo, com a prefeita afastada sob acusação de corrupção, o deixa à vontade para agir.
Se precisar tomar medidas antipáticas, visando o saneamento da crise, estará plenamente respaldado.
Micarla e seus desatinos mantiveram Carlos politicamente vivo nos últimos anos e agora lhe asseguram meios ao seu retorno à prefeitura.
O prefeito eleito tem muitos motivos para se preocupar, mas não deve satanizar a “borboleta”.
O que seria dele se não tivesse existido a prefeita Micarla?
Eleger o Carlus Oligarca ALVES representa nada mais nada menos do que trocar seis por meia dúzia, ou seja, ele e a Micarla são péssimos gestores e nulidades absolutas em termos de disciplina ética. Duas máculas, pois, na história política e administrativa da capital. Tenho dito.