As articulações em torno da postulação da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) não se prendem mais a uma dúvida hamletiana: ser ou não ser. Ela está em campanha.
Há plena autorização e incentivo do senador José Agripino (DEM) para sua pretensão de ser governadora. A ordem é avançar.
E isso não conflita, hoje, com a prioridade dentro do partido – que continua sendo a reeleição do senador.
No atual estágio das conversas e observações, a atração de um nome de peso do governismo, para compor chapa com Rosalba, é vista como bastante difícil. Mas não impossível, que se diga.
Como em política não pode existir vácuo, a costura pró-Rosalba mira rapidamente a Prefeitura de Natal. A prefeita Micarla de Sousa e seu PV podem ser a parte que a postulação de Rosalba precisa para fechar chapa viável ao goveno estadual.
Micarla pode indicar o vice da "Rosa". Não ocorrendo alteração do quadro, com fissura no esquema governista, essa é uma hipótese mais do que consistente.
A Unidade Potiguar e o núcleo do wilmismo, que formam a base governista, também cortejam a prefeita da capital, de olho na máquina municipal. Na pior das hipóteses, Wilma pensa em obter pelo menos apoio ao Senado.
Com apoios das prefeituras de Natal e Mossoró, além de sua presença pessoal em expansão em regiões estratégicas como Seridó e Oeste, Rosalba ganharia fôlego de titã à luta eleitoral. Imbatível? Não. Muito difícil de ser batida.
Ninguém é de ninguém e partido não passa de sopa de letras no RN. Tudo pode acontecer. Para qualquer afirmação irreversível não basta conhecer profundamente a política paroquial potiguar. Só uma bola de cristal.
Eu não a possuo.
O vice de Rosalba tem que ser Paulo Wagner pra consolidar essa grande vitoria. E pra da dor de cabeça em Vilma, Henrique,e nelter.