Por François Silvestre
Ninguém vai extinguir este mosquito. Da mesma forma que ninguém conseguirá extinguir a mosca ou a muriçoca.
Quando Oswaldo Cruz, início do Século Vinte, precisou combater o mesmo mosquito, para erradicar a febre amarela, contou com a sensibilidade política de Rodrigues Alves e Pereira Passos.
Oswaldo Cruz enfrentou oposição virulenta, de vírus do mosquito e dos políticos. Entregou o cargo. Rodrigues Alves não aceitou e mandou que ele cumprisse sua obrigação.
Numa luta impopular usou a força policial para invadir casas. Dedetização forçada, contra a febre amarela. Mas havia outro inimigo. A varíola. Precisou vacinar obrigatoriamente, usando a força militar do governo federal e da prefeitura.
Venceu impopularmente. Não mudamos muito, mas a população evoluiu. Pouco, mas evoluiu. Quem não evoluiu foi o poder político e a pesquisa científica. Involuíram. Andaram para trás.
Eduard Jenner, no Século Dezoito, descobriu a vacina, observando as tiradoras de leite, no contato com as pústulas das tetas das vacas, portadoras da varíola, que não contraíam a moléstia.
Inoculou o pus colhido dessas feridas no corpo de pessoas sadias. E essas pessoas não contraíram a varíola. Mesmo tendo contato próximo com acometidos fatais. Há notícias de “vacinação” antes disso, na China. Com o pó resultante das cascas das feridas, soprado por bambu nas narinas das crianças.
O doutor Sabin descobriu uma vacina oral contra a poliomielite. Eficaz até hoje. A comunidade científica do nosso tempo queda-se pequena ante a inventividade genial do passado.
Ou se descobre vacinas, como fez Jenner e Sabin, sem recursos materiais, porém com inventividade cerebral, ou estaremos reféns de programas “educativos” e panaceias políticas.
Num país tropical, quente, que acumula águas em beiras de estrada e nas fronteiras das matas, ninguém conseguirá extinguir mosquitos. Toda tentativa será a confissão histórica do embuste e do raquitismo criativo.
A microcefalia das crianças nascidas hoje apenas mede o tamanho do cérebro das ações científicas de pesquisa. Que imita a insalubridade política deste Século.
Newton disse que via longe porque se punha sobre os ombros de gigantes. Nem esses ombros têm servido aos pigmeus científicos da era da cibernética.
E ficará da memória apenas a burrice compartilhada. Dos cientistas e políticos, que mesmo nos ombros de gênios, veem menos do que viam seus ancestrais.
E reina o lenga-lenga da mudança, na proximidade da ciência com a ignorância. Perdidos no escuro, a ouvir o tiroteio.
Que sejam pequenos os cérebros do eleitor e dos políticos. Suportaremos. Porém, não venceremos qualquer epidemia se for microcefálica a ciência aplicada do nosso tempo. O mosquito sem cérebro será vitorioso. Até que o organismo calejado se acostume.
Té mais.
François Silvestre é escritor
* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.
”inventividade cerebral” brasileira. Isso ”non ecxiste” no Brasil. O povo acostumou-se a copiar inventos e descobertas de gênios do primeiro mundo, e parou por ai. Tudo, absolutamente tudo é copiado. As inúmeras ridicularidades criadas pelos ”gênios brasileiros”, nunca foi copiado lá fora. Simples! Não interessa aos povos desenvolvidos e civilizados.
Está na boca do povo: O mosquito Aedes aegypti é uma praga que tornou-se lucrativa para muitos que estão envolvidos no ”combate maquiado”. Leia-se funcionários do governo (nem todos), e laboratórios que vendem pesticidas..ao governo. Portanto, enquanto houver Pixulekos, haverá mosquito. Se acabar com o mosquito, adeus Pixuleko. E sem Pixuleko…não dá, né? Alguma coisa tem que ”entrar por fora”, é sagrado, é ”Lei”.
Enfim, o mosquito é uma maquina de fabricar dinheiro. O povo que se lasque.
E tudo indica que, após 10 dias de folia e o povo pulando na rua, finalmente o carnaval acabou para o povo baiano e carioca. A festa de arromba começou oficialmente no dia 4, e acabou no dia 14. Ufa! É festança para nenhum terráqueo botar defeito.
Enquanto isso, os gênios e estudiosos (inclusive adolescentes) do Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos, trabalham cerca de 13 horas por dia para criar ou desenvolver ainda mais tecnologias visando o progresso da humanidade.
Mas não para por ai. A festa volta a rolar durante as Olimpíadas. Afinal, além do país ser reconhecido mundo afora como um país festeiro, passou a ser reconhecido também como o país da corrupção. O futebol? Ah, depois de ter calçado sapato alto e ter levado aqueles 7×1 na rabichola, o futebol é coisa do passado. O que está em evidencia e fazendo sucesso agora, é a corrupção. Tem pra dar, vender, alugar e exportar em grandes quantidades. E o que é melhor: o estoque está sendo renovado todo santo dia. A ”$afra” (recorde nos últimos anos) não depende de chuva, ou irrigação artificial. Da luz solar, ou da escuridão noturna. A ”colheita” acontece em todos os dias do ano, sem intervalos para o café da manhã, almoço e jantar. Não precisa de adubo. Requer apenas sigilo absoluto. As vezes as ”coisa” vaza. Ai, surge um super Sergio Moro para fechar (momentaneamente) a torneira, em APENAS um dos campos de ”colheita”. Nas demais campos, a $afra está sendo colhida diuturnamente.
Além do maior campo de ”colheita” (Brasilia), ainda existem outros 5.570 ”campos cultivávei$”, de norte a sul, de leste a oeste.
Ah, poucos são contemplados com a ”colheita”. O povão, coitado, só toma conhecimento do tamanho do absurdo através dos noticiários.
Em uma das ”colheitas”, foram “colhidos”, pasmem, um sitio e um apartamento triplex a beira mar.
Contas bancarias em paraísos fiscais, enriquecimento da noite para o dia, venda de medidas provisórias e Pixulekos, vêm a cada enxadada. Nunca se teve noticia se algum deles meteu a enxada sem que não tenha obtido lucros garantidos. É a enxada entrando e o bolso inchando.
Repito: enquanto os gênios e estudiosos (inclusive adolescentes) do Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos, trabalham cerca de 13 horas por dia para criar ou desenvolver ainda mais tecnologias para o progresso da humanidade, o povo brasileiro DESCE A LADEIRA, tal qual um burro desembestado usando tapa olhos laterais.
Ah, os ”gênios” brasileiros já trabalham de vento em popa visando o carnaval de 2017. Não podem e não devem fazer feio. Essa é a grande meta. A grande visão do futuro.
A humanidade não tira proveito nenhum da ”genialidade” do carnaval brasileiro (o maior espetáculo da Terra KKKK). Assiste perplexa pelas Tvs as mulheres desfilando semi nuas, exibindo peitos e bundas a céu aberto, sem nenhum tipo de censura. Coisas que só se vê no país tupiniquim.
Pensando bem, o carnaval é a grande oportunidade que o Brasil tem de mostrar a sua cara, digo, as suas bundas ao mundo.
Se melhorar estraga.
Leio os textos do François Silvestre há anos, e nunca li nada ruim.
Sempre vale a pena.
Concordo em numero, genero e grau.
No Brasil só não falra dinheiro para o superfulo, copa, olimpiada, carnavais, sem falar no dinheiro roubado nos mensalões e petrolões e não esquecamos o dinheiro mal gasto, nos supersalários, e no wxercito de chupa-saco, é muito dinheiro arrecadado, mas maior ainda é o buraco por onde ele sai sem servir a coletividade.
Estamos perdidos nesse país!!!!!!