Do Congresso em Foco
O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC), Fabiano Silveira, entregou nesta segunda-feira (30) sua carta de demissão do cargo (leia íntegra abaixo). A exoneração a pedido foi combinada com o presidente interino Michel Temer após a divulgação de áudios em que Fabiano foi flagrado orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a se defenderem na Operação Lava Jato. A informação foi confirmada por um assessor do ministro ao Congresso em Foco.
Fabiano sofreu pressão de servidores do ministério, de parlamentares e até de organizações internacionais. Inicialmente, o presidente em exercício anunciou que manteria o ministro no cargo.
Em nota, o sindicato dos servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), que foi substituída pelo MTFC, demonstrou que Fabiano não tinha mais condições de ser ministro. O nome de Fabiano Silveira foi indicado por Renan Calheiros para o cargo.
Em 18 dias, Fabiano é o segundo ministro a perder a cadeira na Esplanada. O outro foi Romero Jucá, que deixou a pasta do Planejamento na 2º feira passada. Tanto Fabiano quanto Jucá perderam os cargos depois de aparecer em gravações produzidas por Sérgio Sampaio, ex-presidente da Transpetro e citado no escândalo da Lava Jato.
Tumulto
Depois da divulgação dos áudios, feita ontem (domingo, 29) pelo Fantástico (TV Globo), Fabiano virou alvo de servidores da antiga Controladoria-Geral da União, que anunciaram que sequer cumpririam ordens do ministro de hoje em diante.
“Ele está ocupando o cargo de maneira ilegítima. Não consideramos Fabiano ministro da CGU”, disse mais cedo ao Congresso em Foco o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), Rudinei Marques, servidor da controladoria.
A fala do ex-ministro teve rápida repercussão internacional. Como este site também mostrou mais cedo, a organização Transparência Internacional anunciou que suspenderia o diálogo com o MTFC até que “uma apuração plena seja realizada e um novo ministro com experiência adequada na luta contra a corrupção seja nomeado”.
Na carta em que renuncia ao posto, o agora ex-ministro agradece pelo “honroso convite” de Temer e diz que sempre agiu com “integridade no serviço público”. “Não imaginava ser alvo de especulações tão insólitas”, lamentou Fabiano na carta pública.
Este que tanto mal causou ao país e mais mal iria causar já se foi. Falta ainda responder pelos atos praticados.
Agora é aguardar que os investigados na Lava Jato sejam também demitidos e exemplarmente punidos. Que se condenados recorram, mas que seus recursos não fiquem como os do SAL GROSSO que nunca são julgados.
É inconcebível ter à frente de um ministério um político investigado na Lava Jato, Até porque a Lava Jato não escolhe por sorteio os nomes que investiga. Prova disto é Eduardo Suplicy, Cristovam Buarque, Magno Malta, Paulo Paim e Álvaro Dias nunca terem sido investigados. Se a Lava Jato investiga alguma razão existe para que a investigação aconteça. Temer sabe que o povo está se mobilizando nas redes sociais para voltar às ruas. Sabe Temer que uma volta às ruas do povo será catastrófica para o seu governo. Por tudo isto fica difícil entender o porquê de manter investigados na Lava Jato ministros.
O tempo nos mostrará porque isto está acontecendo. Mas dá para se imaginar porque está acontecendo.
Uma coisa é certa. Ficar ministro não fica quem está sendo investigado na Lava Jato.
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS A QUALQUER INSTANTE. TUDO PODE ESTA POR UM SEGUNDO.
O Machado já derrubou dois.
Se não parar o ”corte”, até a torre de TV de Brasilia virá a baixo.
”Arrocha” Machadão Ladrão. Aperte o play do gravador e bote pra torá as bandas. Não caia sozinho. É feio.