Escrevi há anos, que a facção polÃtica representada pela prefeita Fátima Rosado (DEM) é um estorvo para os polÃticos profissionais do clã. O tempo tem-me dado razão.
Hoje, Fátima & FamÃlia são um embaraço não apenas para o grupo da senadora Rosalba Ciarlini Rosado (DEM), como para a continuidade dos Rosado. Sua segunda gestão segue a receita de desatinos da primeira, mas numa dimensão maior.
Capciosamente Rosalba evita dar declarações sobre a administração, para não oferecer razões a um racha polÃtico. É obrigada a fazer contorcionismos, haja vista ser a maior avalista da enfermeira Maria de Fátima Rosado Nogueira.
De olho na Governadoria, a senadora sabe que o desmanche causado pela sucessora é, em parte, responsabilidade sua: foi ela quem indicou e apoiou “Fafá” a prefeito.
Liderada por seu irmão, agitador cultural Gustavo Rosado, Fátima é a fachada angelical de um projeto meramente patrimonialista, que sua ala produz nos intramuros do poder. PolÃtica é meio, não fim. A qualquer preço.
Rosalba pode pagar caro pela aposta, espécie de estelionato polÃtico-eleitoral que promoveu em 2004 e 2008 contra o povo de Mossoró.
Os dois lÃderes intelectuais dos grupos que realmente fazem polÃtica, nascidos da raiz Rosado, sabem e discutem esse quadro delicado para ambos. Refiro-me ao ex-deputado Carlos Augusto Rosado (DEM), marido de Rosalba, e deputada federal Sandra Rosado (PSB).
Em conversas longe dos holofotes, eles concordam que a continuidade desse terceiro braço polÃtico da famÃlia é uma ameaça comum. Sandra lançou-o em 2000, quando fez Fátima candidata a prefeito, apesar de derrotada. Carlos e Rosalba lhe ensinaram a andar a partir de 2004, a fazendo prefeita.
Agora o casal e a prima “adversária” Sandra procuram domar uma ameaça comum.
A eleição de Rosalba necessariamente não seria um prejuÃzo para o grupo da deputada. Já a prefeita e sua patota não farão um grande negócio com a vitória dela ao governo. Sabem que é o começo do fim.
O DNA dessa anomalia polÃtica tem Carlos e Sandra na paternidade, cada um com seu papel. Se arrependimento matasse…
Esse cenário me remete ao general Golbery do Couto e Silva, um dos lÃderes do golpe militar de 1964.
Demitiu-se do Gabinete Civil do presidente João Batista Figueiredo, em 1981, com uma frase: “Criei um monstro!”
Ele falava sobre o Serviço Nacional de Informação (SNI). O órgão se transformara numa máquina de arbitrariedades, ameaçando a transição polÃtica "lenta, gradual e irrestrita" anunciada pelo regime verde-oliva.
Golbery perdera o controle de sua "fera", assim como Carlos, Rosalba e Sandra em relação à patota pilotada por Gustavo.
e aà depois do monstro veio a democracia e os militares sairam do poder. assim é nas ditaduras, não nas oligarquias. excelente texto e raciocÃnio. bom fdesemana. jr
Muito bom esse seu comentário Carlos, você tá de parabéns!
Acrescento apenas, o que já teria dito em outros comentários. A senadora Rosa e seu Marido Ravengar, está contando cada minuto do tempo para o tão esperado dia chegar (Saida de Fafá e sua patota da prefeitura). Tô PAGANDOOOOOOOOOO PRA VER! Arre égua bando de sacripantas (Os Fafaletes).