Faleceu à madrugada dessa quinta-feira (7), no Hospital Wilson Rosado (HWR), em Mossoró, o professor, economista, consultor político, ex-presidente da Fundação Universidade Regional do RN (FURRN, hoje UERN), ex-vice-prefeito e jornalista Canindé Queiroz, 79.
Faria 80 anos no próximo dia 14.
Canindé Queiroz morre no Dia do Jornalista, deixando uma marca como iconoclasta, polemista e às vezes inconsequente Foto: Reprodução Canal BCS)
Ele estava internado desde a noite de terça-feira (5), quando começou a ter falta de oxigenação. Constatou-se avanço de uma infecção e logo acomodado em leito de UTI, sendo intubado. Veio a óbito como desdobramento desse problema.
Canindé deixa seis filhos, nove netos e a viúva, promotora de Justiça aposentada Maria Emília Lopes Pereira.
O velório acontecerá na Capela São Vicente, centro da cidade, com família estimando que tenha início às 13h. O sepultamento será às 8 horas de amanhã (sexta-feira, 8), no Memorial Jardim das Palmeiras, Mossoró.
Polemista
Francisco Canindé Queiroz e Silva morre justamente no Dia do Jornalista. Fundou o jornal (já extinto) Gazeta do Oeste em 30 de abril de 1977, transformando sua coluna “Penso, logo…” num fenômeno de leitura e repercussão em todas as classes da pirâmide social.
Polemista, iconoclasta, por vezes inconsequente, Canindé e seu impresso foram durante décadas uma marca forte da imprensa do RN defendendo grandes causas. Sua sala no jornal – sede na Avenida Cunha da Mota, centro de Mossoró -, foi por muito tempo um ponto obrigatório de circulação das figuras mais influentes da política, economia e outros segmentos da atividade humana do RN e país.
Era um homem de extremos e extremado. Sem rodeios. Intenso e incomum.
Nota do BCS (Blog Carlos Santos) – Estou tentando me refazer. Para mim é uma perda sofrida, por tudo que vivi e vivemos. São tantas histórias, algumas cômicas, outras de alegria contagiante, muitas tensas, que não caberiam num livro. Nem os sentimentos envolvidos, de paixão comum pelo jornalismo e nosso jornal. Afinação, desafinação, arengas, reconciliações; tem de tudo um pouco nesses anos todos. Também choros comuns ou a distância. De minha parte, só gratidão pelos momentos mais marcantes de minha vida, que me trouxeram até aqui com o mesmo apetite para ser jornalista até o último suspiro. Enquanto der, dará. Beijos. Vá em paz!
Vídeos acima foram veiculados no programa “Mossoró de Todos os Tempos (MTT)”, da TV Cabo Mossoró (TCM), com apresentação do professor e ex-reitor da Uern Milton Marques de Medeiros, veiculados em 2003, há quase 20 anos.
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Gostava muito dos seus artigos, melhor ainda quando ele falava de Inácio Pé de Quenga. Era o gênio no jornalismo.
Tá difícil escrever sobre esta grande figura humana que hoje passa a morar na bem-aventurança celestial. Canindé Queiróz, era uma figura humana que poucos o conhecia de perto, refiro-me ao Canindé, filho, irmão, marido, pai e avô. Era de sentimentos humanos invejáveis, se preocupava com o bem estar de todos, era um leão para defender os seus familiares e amigos, aos inimigos causava medo e sabia impôr o respeio necessário. Tive o privilégio de conviver com ele por longos anos como amigo, aprendi com Chico Canindé (as vêzes o tratava assim), muitas lições para serem postas em prática durante minha permanência aqui neste mundo de desigualdades, e uma das marcas que me deixou selada na memmória e é foi a da lealdade. Era tempestivo, e ai de quem estivesse por perto ou que fosse dele o alvo da sua ira, coisa que logo em seguida a pessoa de Canindé voltava a reinar por incrível que pareça, a mansidão e a humildade para pedir perdão ou desculpas, não aceitava desafios que vinhesse a menosprazar sua conduta pessoal, revidava como uma fera acuada, pois nós humanos somos assim mesmo… a excessão de uma pequiniíssima parcela dos filhos de Deus.
Bem, dentre aqueles que com Canindé Queiróz conviveu, poderá ratificar o que nestas dificéis linhas estou a escrever com o coração sangrando, pela perda de um GRANDE AMIGO e mestre… que nos deixa fisicamente, mais que na lembrança sempre vai ser eterno.
Canindé Queiróz, homem a quem Mossoró deve grande parte de sua história no setor político, cultural e da comunicação, foi um baluarte para o engrandecimento da nossa UERN, sendo um dos pioneiros a levantar a bandeira de luta para a estadualização da entidade educaional que tanto amava, dedicou-se a este projeto desde sua atuação como presidente Fundação Universidae Regional do Rio Grande do Norte – FURRN, em seguida partiu para um outro projeto o qual viria lhe oportunizar o respeito devido para com a instituição aonde continuaria como professor, cobrando de nossas autoridades tudo aquilo que a UERN deveria ter e ser o que hoje é.
O projeto ao qual me refiro, foi a criação do Jornal Gazeta do Oeste, uma empresa escola para muitos que ainda hoje militam na comunicação de nossa cidade, pois Mossoró teve duas histórias a serem contadas no mundo da comunicação, uma antes da Gazeta do Oeste e a outra pós Gazeta do Oeste, uma marca tão forte que até hoje se encontra na memória dos que na terra de Santa Luzia residem, oxalá além fronteiras.
Falar de uma figura tão irreverente como Canindé Queiróz, não é tarefa fácil, pois como já mencionei, só aqueles que com ele conviveram podem descrevê-lo. Era amado por uns e odiado por outros, mais com certeza o percentual do amor a Canindé Queiróz, é bem superior ao do ódio, pois por parte dele o “ódio” era como nuvem passageira., coisa do momento.
Aos filhos e mães da prole de Canindé Queiróz e demais familiares, que o momento difícil seja superado com a certeza que ele cumpriu e muito bem a sua missão terrena, e que o tempo e Deus acomodará a saudade eterna que fica para todos nós.
Canindé Queiroz, expressivo e objetivo no jornalismo mossorense. Deixa marcas e ensinamentos a todos profissionais que trabalharam diretamente e indiretamente com ele no Jornal Gazeta do Oeste. Meus sentimentos, a família.
Meus sinceros sentimentos a família.
Era implacável; mas justo.
Que Deus o ampare.
O indômito e imprescindível jornalismo rubricado de inexpugnável arrojo e firme compromisso com as verdades históricas sem fronteiras, veste luto. O erudito jornalista Canindé Queiroz fixou, de forma indelével na historiografia do jornalismo potiguar a sua marca inconfundível, argamassada numa espécie de réplica perfeita do famoso “Padre Carapuceiro Lopes Gama”. No Epitáfio do grande humanista Canindé Queiroz poderia, muito bem constar a emblemática frase, por minha pessoa cunhada: Amado e respeitado por muitos – odiado e invejado por alguns poucos, por escrever e sintetizar, de forma ousada, exata e indiscutível, os perfis personalisticos de personas da elite dominante. Guardadas as devidas proporções, o seu respeitável e admirado Jornal “Gazeta do Oeste” reflete perfeitamente a réplica do famigerado Periódico pernambucano “CARAPUCEIRO”, que circulou em Recife no período de 07 de Abril de 1832 e 28 de Setembro de 1847. Não há como abordar a história do jornalismo potiguar sem a ênfase da atuação insofismável do grande jornalista Canindé Queiroz.
Grande homem de bem, Canindé Queiroz, que Deus o receba em seu Reino Celestial e conforte seus familiares.Na sua coluna: Penso, logo… gostava de dizer: Vou tomar aquele whisquito gringo. O jornalismo mossoroense amanheceu de luto.
UM ÓTIMO JORNALISTA E UM GRANDE HOMEM.
Pelos lados maternos, éramos parentes, posto que somos, honrosamente, componentes das tradicionais famílias QUEIROZ RÊGO, disseminadas na região do alto Oeste potiguar. Meu sentimento de pesar à sua digna Consorte e filhos. Deus o acolha em sua Corte celestial.
Adeus, amado amigo Canindé Queiroz…até qualquer hora, quando iremos conversar sobre assuntos internacionais, nacionais, História, Geografia, Ciências e tudo o mais que sua inesgotável inteligência abrigava. Às tardinhas, em volta de grande mesa, naquele alpendre cultural, muitos conversavam e opinavam. Minha grande amiga Ana Araújo, sempre comigo, fazia parte do grupo privilegiado. Um cafezinho chegava bem-vindo e recordo os detalhes dessas reuniões que enriqueciam o saber de todos. Ficaram em minha história dos anos que passei em Mossoró, como lembrança feliz.
Abraço Maria Emília, bênção na vida de Canindé, à maneira de conforto e saudade. Naide Maria.
O jornalismo Mossoroense tem um marco! O antes e o pós desse grande profissional chamado Canindé Queiroz! Deixou grandes ensinamentos aos demais jornalistas! Polêmico, sábio, e corajoso ! Meus sinceros votos de pesar a toda família!