Faleceu de câncer à madrugada desse domingo (6) em Natal, o ex-vice-governador, ex-governador e ex-senador Geraldo José da Câmara Ferreira de Melo, mais conhecido como Geraldo Melo. Tinha 86 anos e estava no apartamento de um de seus cinco filhos, Renata.
O velório acontece no Morada da Paz em Emaús (Parnamirim). O sepultamento está marcado para as 16h, no mesmo local. O velório é aberto ao público em geral e o sepultamento será restrito à família e aos amigos próximos.
Detectou câncer no pulmão em outubro de 2020. Submeteu-se a tratamento intensivo e parecia curado. Mas, a doença ressurgiu no cérebro ano passado. Fez cirurgia para retirada de tumores, sequenciada por tratamento pós-operatório, mas em dezembro teve agravamento do quadro.
Família decidiu então tê-lo em casa para cuidados finais, haja vista diagnóstico de irreversibilidade da doença.
História
Geraldo Melo nasceu em 12 de julho de 1935 em Campo Grande-RN. Casado com Edinólia Melo, que chegou a ser prefeita de Ceará-mirim, Jornalista, escritor, usineiro, em novembro de 2021 ele foi eleito para a Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL), ocupando a cadeira que tinha sido do jornalista e escritor João Batista Machado, “Machadinho”.
Na atividade pública, ele começou em 1961, quando tornou-se secretário de Planejamento do então governador Aluízio Alves.
Antes disso, Melo tinha sido um dos técnicos que participaram da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), em 1959.
Em 1978, foi eleito indiretamente vice-governador do Estado pela Arena na chapa encabeçada por Lavoisier Maia (Arena), para o período 1979-1983. Mais tarde, rompeu com os Maia (que governavam o Estado desde 1975) para se manter alinhado com o sistema Alves.
Em 1986, foi eleito governador pelo PMDB numa campanha das mais empolgantes da história do RN, sobretudo por sua oratória envolvente e catalisadora das massas. Exerceu seu mandato de 87 a 91.
Em 1993, ingressou no PSDB, pelo qual foi eleito senador no ano seguinte, tendo apoiado a campanha de Fernando Henrique Cardoso à Presidência.
Chegou a ser vice-presidente do Senado de 1995 até 1997.
Em 2002, candidatou-se à reeleição porém termina o pleito em 3° lugar, atrás dos eleitos Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino Maia (PFL).
Em 2006, candidata-se mais uma vez ao Senado pelo PSDB termina o pleito novamente em 3°lugar atrás da eleita Rosalba Ciarlini e do 2° colocado Fernando Bezerra.
Só em 2018 ele retornou às disputas eleitorais, porém novamente sem sucesso. Das duas vagas em disputa, de novo foi o terceiro colocado, sendo superado por Styvenson Valentim (Rede) e Zenaide Maia (PHS).
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