Morreu aos 101, o megaempresário pernambucano João Santos. Foi na quarta (15), em Recife (PE), de parada cardÃaca.
A mÃdia do RN – e principalmente a de Mossoró – parece ignorar o fato e a biografia vitoriosa de João Santos (meu "parente" muito rico).
Desde o inÃcio dos anos 70 ele passou a produzir cimento em solo mossoroense, através da robusta Itapetinga Agro Industrial.
Não instalou essa indústria em Mossoró porque o prefeito da época era simpático ou competente. Questões de mercado, como farta matéria prima. Elementar.
Das várias vezes que circulou por Mossoró, manteve o estilo discreto que o caracterizou aqui e alhures. Nada de tititi, holofotes e oba-oba.
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Grande perda para o mundo empresarial do nosso PaÃs. Tenho um amigo de infância que, hoje, é um alto executivo do Grupo, trata-se do Engenheiro Mecânico José Antônio de Araújo Filho. Para os Amigos, Araújo, para os integrantes do grupo, Dr. José Antônio.
Estudamos juntos em João Pessoa-Pb, nos graduamos no mesmo ano, e, naquela época, ano de 1979, era muito difÃcil um emprego para um Profissional da área dele.
Certo dia, seu Pai, o saudoso JOSÉ GALAMPRIN, caminhoneiro e muito amigo do também saudoso José Agostinho, falou com o mesmo para ver se havia alguma possibilidade de Araújo fazer um teste na fábrica. Não demorou um dia, José Agostinho falou com seu Amigo Emerson Azevedo e conseguiu o pleito.
Araújo fez o teste e como esperado, foi contratado.
No inÃcio,ficou trabalhando na fábrica, e, sempre conversávamos, estávamos no inÃcio da nossa carreira, e confidenciávamos nossas inseguranças, nossas dúvidas e o famoso erro de errar.
Certo dia, ele ( Araújo ou Dr. José Antônio ), chegou diferente, estava excitado. Perguntei o que estava acontecendo, ao que ele me respondeu, meu irmão, hoje pela manhã eu recebà a maior lição empresarial da minha vida. E continuou, no meio da manhã, eu entrei no galpão principal com seu piso muito empoeirado, é um galpão muito grande. Quando olhei para frente, me deparei com o Sr. João Santos, que até então, eu não conhecia pessoalmente. Naturalmente, tremà nas bases, e o que mais me surpreendeu foi vê-lo baixar-se e apanhar algo.
Quando nos encontramos, desejei um bom dia, ele pediu licença, olhou meu crachá e disse: ” Dr. José Antônio, guarde este parafuso, certamente um dia o senhor precisará dele “.
Este era o João Santos, um homem com visão para ser um grande empreendedor e, ao mesmo tempo, ainda encontrava tempo para se preocupar com um parafuso.