Morreu em São Paulo na manhã desta sexta-feira o ex-governador Orestes Quércia, de 72 anos. Ele lutava contra um câncer de próstata e estava internado no Hospital Sírio Libanês.
Quércia chegou a se candidatar ao Senado nas eleições deste ano, mas desistiu para se tratar da doença. Quércia deixa a mulher Alaíde Quércia e três filhos.
Quércia nasceu em 1938, na cidade de Pedregulho, a 433 quilômetros de São Paulo. Começou na vida pública ainda jovem, em Campinas, onde morou com a família.
Em 1962, elegeu-se vereador pelo Partido Libertador. Pelo antigo MDB, elegeu-se prefeito de Campinas em 1968. Em 1974, foi eleito senador por São Paulo.
Quércia foi um dos fundadores do PMDB, em 1980, e em 1982 elegeu-se governador de São Paulo pelo partido. Foi também deputado e vice-governador.
A maior parte de sua carreira política foi construída dentro do PMDB. Quércia foi presidente nacional do partido entre 1991 e 1993.
À frente do governo paulista, Quércia investiu na reforma de estradas e envolveu-se em muitas polêmicas, tendo sido acusado inclusive de enriquecimento ilícito.
Durante sua gestão foi construído, sem licitação, o Memorial da América Latina. A obra acabou custando 15 vezes mais do que o preço inicial. Foi também em sua gestão que aconteceu a polêmica privatização da Vasp.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Campinas, além da política, Quércia atuou como empresário nos ramos imobiliário e de comunicação. Também tinha negócios no setor agropecuário.
Do Blog do Ricardo Noblat.
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