Do portal da 96 FM de Natal
A PolÃcia Civil do RN divulgou detalhes da investigação que apontou os supostos mandantes do duplo homicÃdio que vitimou o prefeito de João Dias, Francisco Damião de Oliveira (UB) – Marcelo Oliveira, 38, e o pai dele, Sadi Oliveira, 58, dia 27 de agosto deste ano (veja AQUI). E um detalhe que chamou a atenção foi a motivação para o crime: vingança e a possÃvel participação da maior facção do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A ideia mesmo de executar o prefeito partiu da ex-companheira de chapa dele, a vice-prefeita afastada Damária Jácome, e a irmã dela, a vereadora reeleita Leidiane Jácome, que também é conhecida como “Leida de Laete”, pai das duas e que foi vereador e presidente da câmara.
Recentemente, inclusive, Leidiane Jácome foi diplomada como vereadora reeleita em João Dias. Ela conseguiu um lugar na Casa Legislativa Municipal ao lado do marido e ainda publicou o seguinte nas redes sociais: o amor venceu.
Nas redes sociais das duas, inclusive, uma série de crÃticas a gestão de Marcelo Oliveira e do substituto dele, Jesse Oliveira, que é irmão do prefeito morto e que assumiu o cargo na condição de interino, por ser presidente da Câmara na época do assassinato.
Mas, além da questão polÃtica, por que Damaria e Leidiane teriam tramado o assassinato do prefeito? Elas queriam vingança, pelo que afirmou o delegado Alex Wagner, diretor da PolÃcia do Oeste e responsável pela investigação.
A famÃlia Jácome acreditava que foi o prefeito Marcelo que denunciou para a PolÃcia Civil o paradeiro de dois irmãos de Damaria e Leidiane: Deusamor e Leidjan. Os dois, procurados por tráfico internacional de drogas, foram mortos em confronto com a PolÃcia Civil, numa cidade localizada no interior da Bahia.
Na época da morte dos dois, o prefeito Marcelo Oliveira havia renunciado ao mandato e deixado Damaria assumir. Ela chegou a decretar luto oficial no municÃpio. Marcelo Oliveira foi ao velório dos dois, mas depois entrou na justiça alegando que só renunciou, porque havia sido ameaçado pela famÃlia Jácome.
Foi isso, inclusive, que teria feito familiares do prefeito assassinado começarem a montar uma espécie de milicia privada para resguardar a segurança de Marcelo Oliveira. Foi isso que, inclusive, evitou que ele tivesse sido morto antes, em uma região que era dominada pelo crime organizado, apesar de ter baixissimo Ãndices de violência urbana registrada.
PCC
Abra-se um parêntese: a famÃlia Jácome, por meio de Deusamor e Leidjan e outros familiares presos, tinham uma relação direta com a maior facção do Brasil: o PCC. Essa informação não foi confirmada pela PolÃcia Civil e sim pelo Ministério Público do RN (MPRN), em reportagem publicada pelo portal Metrópoles, já em 2024.
Segundo a reportagem, a ideia da famÃlia, quando chegou ao poder na Prefeitura de João Dias, era utilizar o poder municipal para lavar o dinheiro do tráfico. Na matéria é citado, inclusive, o ex-número 2 do PCC nas ruas, o potiguar Valdeci Alves, o Colorido, que teve um irmão, também pastor evangélico, condenado por lavar dinheiro da facção criminosa por meio da compra de igrejas e de fazendas no RN.
Caso isso seja confirmado, o Rio Grande do Norte se tornaria o Estado do Nordeste com maior influência, confirmada, nos planos do PCC para lavagem de dinheiro. Recente denúncia do MPRN apontou que já foram bilhões lavados de dinheiro do tráfico no Estado.
Bom, voltando ao caso de João Dias, o fato é que, além do pastor e das irmãs, a PolÃcia Civil também pediu a prisão preventiva de outros três suspeitos de mandar matar o prefeito Marcelo Oliveira e o pai dele, Sadi Oliveira:
Weverton Claudino Batista: o Everson ou Dodô. Chegou a ser secretário municipal de Finanças de João Dias. Ainda são procurados Olanir Gama da Silva, conhecido como Véi; e Carlos André Claudino, o Carlinhos.
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