O ‘Casarão’ localizado à rua Tiradentes, centro de Mossoró e vizinho ao Shopping Boulevard, carrega um pouco da história da cidade. Pertence aos herdeiros de Amâncio Leite, ex-prefeito de Mossoró na década de 1930.
Os netos colocaram o prédio à venda por ocupar uma localização interessante no centro comercial da cidade, certamente o seu destino será a demolição – que já começou.
História no lixo
Durante vários anos o belo edifício no estilo Art Deco, sediou a Câmara Municipal de Mossoró, até 1989, mas depois que cessou o interesse em alugar, o prédio teve de ser fechado. Alguns vândalos o deterioraram, invadiram, e os herdeiros decidiram vender.
"Infelizmente, quem comprar o prédio, com certeza, vai pô-lo abaixo", observa Togo Ferrário, lamentando o fato também de, apesar de ser um bem particular, não haver qualquer incentivo do Poder Público em colaborar com uma possível reestruturação do casarão.
A mesma opinião é defendida pela professora Vânia Leite, neta de Amâncio Leite. "O prédio tem seu valor histórico e o Poder Público não se interessou em adquiri-lo. Tentamos muitas vezes, mas sequer nos ouvir, ouviram… Nós só temos a lamentar".
Venda
Atualmente, os herdeiros de Amâncio Leite estão agilizando a venda, pois um comprador se interessou pelo imóvel, depois de muito tempo de colocado à venda. Togo está recolhendo as assinaturas dos herdeiros (diretos e indiretos), providenciando os papéis necessários para o repasse do imóvel.
"Acreditamos que até o final do ano a venda seja completada. Esta venda precisa ser bem analisada, preparada, pois envolve vários herdeiros. Se eu tivesse o poder de decisão, gostaria que o Poder Público tivesse comprado o prédio, tivesse interesse de recuperá-lo. Como isso não aconteceu, infelizmente não podemos exigir a recuperação do prédio. Quem vai comprar, tem seus objetivos e deve demolir o casarão", completa Togo, que relata sobre um destino comumente observado com os prédios antigos que Mossoró já possuiu.
Lamentável!!
Extraído do site Chrystian de Saboya AQUI.
Meu caro,interessante o seu lamento,mas,tardio,os herdeiros embolsaram a bufunfa de R$ 1 1/2 milhão,você já pode “cruzar” a Tiradentes e ir a Alberto Maranhão,por onde era o CASARÃO,que foi ao chão já há pouco mais de um mês; a título de informação,o primeiro comprador,já repassou o CHÃO,pela bagatela de R$ 2 1/2 milhões,isso,é a NOVA ROMA.
aguardem que o próximo que virá ao chão será a casa do jornalista Dorian Jorge Freire.
Uma cidade que esquece o seu acervo/passado arquitetônico
com certeza perderá sua identidade com as veredas do futuro. Uma lástima, pois!.
Ah!
Herdeiros de Antonio Néo,cogitam vender o CASARÃO, alí,esquina com esquina com a São Vicente,parede com parede à sede da PMM,coisa que nem Lampião conseguiu,será destruído pela sanha imobiliária da NOVA ROMA. Ficará um lindo terreno,bem central,quiçá, servirá por alguns dias de estacionamento privado.
Faço minhas as palavras desses dois grandes jornalistas: Carlos e Chrystian. Parabéns pela sensibilidade, pelo AMOR de vocês por Mossoró, uma terra cada vez mais esquecida.
Caro amigo/jornalista Carlos Santos. A respeito da negociação do imóvel que pertenceu a meus avós maternos, e que outrora, precisamente em junho de 1927 funcionou, também, como trincheira no combate a invasão do bando do cangaceiro Lampião a Mossoró, a bem da verdade e não para dar satisfação a SEU NINGUÉM, gostaria de esclarecer alguns fatos que enumero abaixo. A Câmara Municipal de Mossoró, que ocupou aquele espaço desde 1983, e nos devolveu em março de 1989, nunca se interessou em preservar a ‘Casa Grande’, como chamávamos, (e não foi por falta de incentivo de nossa parte), para que a Prefeitura Municipal incorporasse o imóvel ao seu patrimônio, inclusive utilizando-o como sede definitiva daquele legislativo.
Outra alternativa seria a construção, na parte traseira da casa, que tinha acesso pela av. Alberto Maranhão, de um centro administrativo da prefeitura, onde poderia abrigar várias secretarias, evitando assim, o dispêndio de recursos com aluguel de imóveis particulares e concentrando em um só local, as decisões administrativas do governo mossoroense. Essa minha idéia jamais foi levada em consideração, mesmo no período em que auxiliei o então prefeito Dix-Huit Rosado, nos últimos meses de seu terceiro mandato. Nos governos seguintes, jamais tive oportunidade de ser recebido pelos ocupantes do palácio da Resistência para tratar da preservação daquele patrimônio. Recentemente, em novembro passado, tomamos conhecimento da criação, e posterior aprovação, de uma lei pela CMM do tombamento de imóveis considerados ‘patriônio público’ por parte da PMM. Para não corrermos o risco de ‘perder’ o imóvel por completo, a decisão radical foi negociar com terceiros que, a partir do momento em que se fecha a negociação, não me interessa, e nem aos demais herdeiros, o que será feito pelo comprador pois este passa a ter todo o poder pátrio sobre o bem adquirido e tomar qualquer decisão quanto ao seu destino. Tenho dito!
Carlos Santos,
Se não me falha a memória,esta residência já foi sede do Poder Legislativo municipal nos anos 80-90.
A conferir,
e uma boa noite a todos
O alfa e o ômega da história de Mossoró, deve levar o sobrenome Rosado. Essa é a ideologia.
À eles, toda honra e toda glória!
Caro,
Há muito tempo que bato na tecla que a cidade não tem amor por seu passado. Vários prédios históricos ao longo dos últimos dez anos vem sendo demolidos para dar espaço a edifícios ou prédios comerciais. Mossoró tem, ou melhor, tinha um grande acervo arquitetônico, mas aos poucos tudo vira pó. Poderíamos contar uma parte da história da cidade e da arquitetura observando os prédios antigos de nossa cidade, porém isso parece que não conta como patrimônio de nossa cultura. Uma pena e, sobretudo, uma completa ignorância daqueles que administram essa cidade chamada Mossoró.
“Nossa História que se vai,na pressa dos novos tempos,e, quando um dia ,pararmos para pensar,poderemos lembrar de nossos avós,pais,tios,irmãos,primos,amigos,pai dos amigos e ,de um tempo de Mossoró que não volta mais,só vai restar lágrimas e o coração apertado”.
1,10 ou 100 milhões não pagam a saudade no coração da família.
Alguem lembra onde ficava o Grande Hotel …,a Antiga Cadeia Pública…