“Pluviômetro do *Cemaden instalado na rua Cândido Barros registrou a maior chuva de Mossoró (sábado, 29): 51,95mm.”
A informação acima é do blogueiro Samuel Júnior.
Os transtornos foram muitos, igualmente.
A cidade, como tantas outras deste país, não está preparada – nem seu povo educado – para esse tipo de fervor da natureza.
Em vários pontos tivemos alagamentos, de áreas nobres à periferia e região ribeirinha do rio Mossoró-Apodi.
* Cemaden é o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (veja AQUI).
Nota do Blog – Na foto de Eloísa Helena, trecho do Nova Betânia onde se localiza unidade do Hipermercado Bom Preço, completamente alagado.
No local existia uma lagoa. Tamponada para dar lugar a esse equipamento comercial, continua recebendo água e dando esse “espetáculo” que afeta seu entorno também.
Acho que, quando o poeta/profeta pensou que o sertão iria virar mar, ele não pensava nessa imagem deplorável que vemos pela incompetência de governantes que devem acreditar que cimento e concreto, asfalto e afins são permeáveis, e que os problemas que surgirem mais na frente, não serão problemas seus e sim de quem estiver na frente dos Entes federativos envolvidos.
Mas, a natureza é sabia e a agua paciente, ela não discute com barreiras… Você pode até represa-las ou desvia-las, mas, se não fizer um trabalho bem, um dia terá problemas. Esse o caso. Quem estudou nos colégios ali perto lembram que aquela lagoa era o que aliviava as ruas quando das chuvas fortes.
Quantas vezes vi verdadeiros rios a Av. Diocesana e a rua lateral, a do Colégio Dom Costa, desaguando naquela lagoa onde os pássaros faziam seus ninhos e tiravam seu alimento. Como era bom ouvi-los de manha, quando íamos para o colégio. Hoje, temos um empreendimento comercial que conseguiu licenças sabe-se lá como, mas o certo é que, pelas imagens que vemos hoje, estudo de impacto, tanto ambiental quanto urbano não houve…
Não houve porque? Sabe-se lá!
O que se sabe é que, agora, ano após ano, com chuvas bem menos intensas do que em outras épocas, naquelas ruas, não temos mais riachos temporários, temos uma barragem urbana que precisa ser avaliada pelo DNOCS para que se saiba qual sua cota máxima, até para se aferir a Área de Preservação Permanente – APP, sim, porque aquilo já é um lago artificial.
Enfim, vergonhoso!!!
ENGENHEIROS FRACOS, CONSTROEM DENTRO DAS LAGOAS E NÃO VEEM QUE UM DIA ESSA LAGOA VAI COBRAR O SEU LUGAR. PENAM PORQUE QUEREM……..
Bolsos cheios de dinheiro, mas clunâmbulos mentais.
Prezado Carlos Santos,
Essa imagem e tantas outras continuarão podendo ser vistas pelas ruas de nossa cidade. O problema dos alagamentos não é das chuvas, pois as mesmas continuam caindo com maior ou menor intensidade sempre nesse período do ano. Infelizmente os gestores dessa cidade insistem em não encontrar solução para esse problema.
Já faz algum tempo que escrevi sobre os alagamentos na Rua Diocesana, nesse escrito mostrava o acelerado processo de pavimentação das ruas do bairro Nova Betânia, sem que houvesse por parte da PMM ações concretas para infiltrar ou direcionar as águas para setores que comportassem essas enxurradas.
O que me deixa perplexo é que ninguém da PMM diz nada sobre essa problema urbano que é recorrente. Parece que a cidade alagar é coisa natural e o culpado é São Pedro. Com as chuvas fica claro que Mossoró precisa urgente de um Plano de Drenagem Urbana que seja executável. Vários dos canais de drenagem, como é o da Lagoa do Bispo, já não comportam mais o fluxo de água, foram projetados para uma Mossoró de 30 anos atrás.
É preciso a população cobrar do poder público uma solução urgente. Pois, se não, no próximo ano será igual ou pior a depender dos eventos metereológicos.
É isso!!!