Começou uma briga de "foice no escuro" pela próxima cadeira a ficar vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O conselheiro e ex-deputado estadual Alcimar Torquato está na iminência de sair do colegiado.
Quem o substituirá? Eis a questão.
Existem pressões para que o governador não-reeleito Iberê Ferreira (PSB), articule um nome ligado ao seu grupo político. Entretanto é perto de impossível que isso ocorra.
Alcimar é amigo de longas datas de Carlos Augusto Rosado (DEM), marido da governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM). Os dois foram colegas de Assembleia Legislativa entre os anos 70 e início de 80.
Claro que essa alteração vai passar por indicação da governadora.
E, durante seu mandato, é possível que aconteçam ainda pelo menos mais duas substituições no TCE.
OS Tribunais de Contas – TCE e o próprio TCU – são lamentáveis quando se fala em escolher os juízes-auditores.
Ao invés de privilegiarem a meritocracia, escolhendo analistas do quadro funcional, muito mais preparados, optam por lotear entre apadrinhados políticos.
O TCU p.ex., ainda é usado como um “prêmio de consolação” para algum político que foi derrotado nas eleições. Vide o Guilherme Palmeira (PFL-AL) que, após perder a reeleição para Heloísa Helena em 1998, ganhou do CN uma vaguinha no TCU.
Recentemente foi a vez do “desempregrado” José Jorge ser contemplado. Não se surpreenda se vermos Tarso Jeiressati, Marco Maciel, Heráclito Fortes ou Arthur Virgílio sendo contemplados com uma generosa teta do TCU, ainda que Dilma Roussef ganhe as eleições.
Aqui no RN, a maioria dos cargos de juizes-auditores não são ocupados por políticos recém-aposentados pelas urnas, mas por apadrinhados dos maganos. Por isso que as contas são sempre aprovadas.