Quero votar num candidato que encare os problemas da minha cidade de frente, mas sem querer ser considerado como um super-homem ou um salvador da Pátria; que tenha serenidade e sabedoria para tomar decisões, sem vender sua consciência; que não seja arrogante, trapaceiro, dissimulado, mentiroso e que não se aproveite da boa fé do nosso povo; que tenha humildade, mas sem perder sua altivez e que não deixe o poder lhe subir à cabeça.
O candidato no qual eu quero votar, deve ser honesto, ter caráter e não se deixar seduzir pelos benefícios e pelas facilidades promovidas pelo cargo que o eleitor vai lhe confiar; deve ter respeito pelo povo, especialmente pelos mais idosos que mesmo depois de aposentados continuam contribuindo para a Previdência Social, e acreditando que o Brasil é um País próspero e que a vida ainda pode mudar.
Quero votar num candidato que cumpra suas promessas de campanha e que tenha capacidade de administrar, sem permitir que terceiros venham meter o “bedelho” nas suas decisões; que conquiste o voto por seus próprios méritos e não porque prometeu um emprego, doou uma cesta básica ou facilitou uma consulta médica para um eleitor.
No dia da eleição quero votar num candidato sentindo orgulho de dizer seu nome e repetir suas propostas de governo, porque tudo aquilo o que ele prometeu é possível realizar. O candidato no qual eu vou votar é aquele que respeita seu eleitor e tem consciência de que, o cargo que vai ocupar é o de um servidor público.
Por isso, ele não poderá viver num padrão acima do que o seu salário permitir, especialmente porque o salário que ele vai receber já é infinitamente maior do que aquele que é recebido por um considerável contingente de trabalhadores brasileiros.
É importante lembrar que o Estado Brasileiro não é um provedor de privilégios e ele terá muito trabalho a fazer: resolver o problema do saneamento básico, encontrar soluções para minimizar o problema da violência, melhorar a qualidade do atendimento nos postos de saúde, da educação, do transporte urbano e tantos outros problemas que afligem nosso povo.
Afinal, os natalenses merecem um serviço melhor nessas e em outras áreas, já que pagam tantos impostos para isto.
Ele deverá ser criterioso nos seus gestos e gastos, especialmente porque o patrimônio que vai administrar pertence a muitos. É sua obrigação, portanto, prestar contas desse patrimônio que a população está lhe entregando para gerenciar por quatro anos.
A este candidato não será permitido se envolver em escândalos como foliaduto, sanguessugas, dólares na cueca, dossiês, e assemelhados e o mais importante: não lhe será permitido vender qualquer patrimônio público, porque não havendo bens para administrar, pra que então o povo vai pagar impostos e vai precisar votar?
Ao meu candidato também não será permitido agir em benefício próprio em detrimento dos interesses públicos. Também é importante salientar, que ele não foi escolhido pelo povo para solucionar a questão do desemprego dentro de sua família.
Minha tolerância ao nepotismo é zero, portanto, o meu candidato precisa ser reto também neste quesito e se lembrar que existem muitas pessoas capacitadas fora da família dele e fora do mercado de trabalho por pura falta de oportunidade.
Cada vez que enumero as qualidades que um candidato precisa ter para merecer o meu voto, muitas pessoas dizem que eu estou ficando maluca; que isto é uma utopia e outras coisas do gênero. Eu, contudo, prefiro acreditar que este candidato existe além da minha imaginação e que eu vou votar nele. Porque no momento em que eu deixar acreditar que pode existir um político diferente, então é hora de providenciar meu passaporte e me mudar para Pasárgada e tentar ser amiga do rei.
Nadja Lira é jornalista e psicopedagoga – nadjalira@bol.com.br
Carlos Santos, a jornalista Nadja Lira diz: “O candidato no qual eu quero votar, deve ser honesto, ter caráter e não se deixar seduzir pelos benefícios e pelas facilidades promovidas pelo cargo que o eleitor vai lhe confiar”. Infelizmente, não existe um candidato com esse perfil. Essa terra jamais irá cumprir seu ideal.
Carlos Santos. Não é de admirar, voçê como sempre, na vanguarda da imprensa mossoroense. Primeiro gastaria de parabenizar à jornalista e psicopedagoga Nadja Lira. Pelo excelente texto, e fazer um desafio a toda imprensa que se diz livre e independente em Mossoró. Publicar ou propíciar aos eleitores do pleito vindouro o conhecimento deste texto, que me fez refletir e fazer minha escolha dentre as possibilidades postas. Renato Fernandes neles!
Saudações tricolores, ainda que baqueado com os penaltis.
Nadja Lira, Tenha certeza que esse candidato existe, ele depende exclusivamente de nós, se escolhermos um canditato e elegermos um bandido, noutras eleições destituimos ele e sua familia, assim acharemos o que procuramos, a questão é só começar.
nesse Brasil minha filha voce JAMAIS ira votar, mas que é um pena é!
Cara Nadja,
Acredito que nem tudo está perdido e que nesse Brasil existe, ainda, muitos homens e mulheres com esse perfil que você traçou do seu candidato que precisa saltar e encarar a vida pública. Serão esses homens e mulheres que farão o Brasil mudar e tirar de circulação aqueles políticos que se apropriam do poder púbico para construir seu próprio poder. Continue acreditando nesse candidato, pois triste será nosso fim quando deixarmos de acreditar nesse cidadão ou cidadã.
Vamos eleger quem realmente tem o compromisso com o povo e com as mudanças sociais. Precisamos renovar, mais renovar com qualidade.
Atenciosamente,
Gutemberg Dias
Carlos Santos, quero le parabenizar por ter colocado esta belissima matéria da jornalista Nadja Lira.