Por Jorge Mota
Nas masmorras da solidão
Meu pensamento está inebriado
Com rompantes de euforia e convulsão
Deixando o cérebro, atordoado
Nas masmorras da solidão
O tempo é movediço e infinito
Na asfixiante senzala da razão
Por vezes sussurra-se um grito
Nas masmorras da solidão
Nas masmorras da solidão
Ecoa no ar um lamento
A procura da liberdade
Quão nefasto tormento
Quase beirando a insanidade
Nas masmorras da solidão
O amor fica enclausurado
Como um ermitão,
Profundamente isolado
Nas masmorras da solidão
O homem transforma-se, ficando arredio
Sem discernir se está correto ou não
Sua vida é atribulada, um torturante arrepio
Nas masmorras da solidão…
Jorge Mota é servidor público e poeta
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