sábado - 07/06/2008 - 09:40h

Nem futebol nem bolo, político fala sobre política

TV União e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) foram condenadas por propaganda extemporânea, em Natal. Multa de R$ 21.282,00 para cada uma.

Ela teria dado uma entrevista dizendo ser candidata a prefeito.

Já Micarla de Souza (PV) pode, diariamente, fazer escancarado proselitismo político em sua TV?

A miopia da Justiça Eleitoral deverá ser corrigida com celeridade, para não reinventar uma censura mais ortodoxa do que a experimentada pelo país no regime de exceção. O que, a propósito, muitos dos atuais juízes só sabem como foi através de compêndios escolares e olhe lá.

Com a interpretação que está sendo feita, há um cerceamento da liberdade de expressão e do dever de informar. Querem que político apareça em rádio, TV ou jornal falando sobre o quê? Sobre a campanha do ABC e fórmula de bolo?

Francamente.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu uma aula sobre o assunto, ao julgar ação em que figurava a então pré-candidata ao Senado, Rosalba Ciarlini (DEM). Foi ano passado. Belíssima apreciação. O voto decisivo, do ministro Félix Fischer, no dia 18 de setembro (AQUI), é emblemático.

Na matéria, o pleno do TSE considerou que 64 entrevistas concedidas por Rosalba à TV Tropical (até comentando futebol), não influíra no resultado das eleições ao Senado no mesmo ano – 2006. Correto.

O fato de estar no vídeo, por si só, não garante voto. Qualquer marqueteiro ou "marreteiro" político sabe disso.

Uma gota de bom senso será suficiente para evitar um cerco policialesco à mídia, permitindo à livre expressão e o direito à informação, sobretudo num ano de campanhas eleitorais.

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