As postulações da prefeita Fafá Rosado (DEM) e da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) não empolgam e não produzem emulação entre partidários. Os dois lados estão sustentados sobretudo pela escassez de adversários e no imobilismo da própria sociedade, alheia à política.
Tem sido comum ouvir anúncio de voto em branco, censura ao nível das eventuais disputantes e queixa à falta de "novidades" às eleições. O interessante, é que outros tantos admitem votar em Fafá ou Larissa, mas sob lamento.
Costumo dizer que Mossoró tem sido muito sábia na escolha de seus prefeitos ao longo dos últimos anos. Faz-se uma preferência pelo o que aparenta ser "mais seguro".
Dividido, inteligentemente, o clã Rosado preenche espaços de governo e oposição. Em geral, as alternativas são inconsistentes e amadoras, feitas às pressas.
Apesar de não querer "Juazeiro" nem "Petrolina", o eleitor não votará num terceiro nome apenas para ser "do contra." Há um ambiente favorável à quebra do ciclo Rosado.
Nunca foi tão fácil vencer. Entretanto o "selo" familiar continua valendo.
Caríssimo Carlos Santos: Na atual conjuntura é quase impossível derrotar os Rosados. E faço questão de dizer que não estou aqui para ensinar fómulas para isso. Vejamos: Eles, sabiamente e divididos em três segmentos, vêem alguém “odiar de coração” um destes grupos, enquanto observam este mesmo alguém “adorar fervorosamente” um outro lado deles. Há, até, os que torpedeiam duas muralhas enquanto defendem a terceira, empregando o duplo do seu esforço. ATENÇÃO:
As maiores forças políticas do RN estão diretamente atreladas aos Rosados. Então, meu caro Carlos, mais sessenta anos da dinastia Rosado nos contemplam. Quem viver verá.
Como reforço, ao que acima se afirma, surgiu um movimento na última campanha para prefeito de Mossoró (2004), ao qual batizaram de AVANÇA MOSSORÓ, e o objetivo de tal empreitada era enfrentar o clã Rosado. Houve, salvo engano, uma ala que chegou a declarar: “Vamos dar férias aos Rosados”. A idéia ganhou corpo e prosperava a passos largos. O programa radiofônico do empresário José Mendes deu toda cobertura à facção que se formava. Os Rosados de braços cruzados estavam e de braços cruzados ficaram, como sabendo onde iriam se acomodar os votos desse “fenômeno”. Não deu outra. Fafá e Larissa receberam, sem esforço, os sufrágios dos insurretos!