O que torna qualquer previsão quanto à disputa de 2010 bastante complexa, é um princÃpio da “zona”: ninguém é de ninguém.
Tudo que você leu, ouviu ou experimentou quanto à polÃtica do RN nas últimas décadas, precisa ser revisto. Arroubos ideológicos, extremismos pessoais, rejeições partidárias e o conceito de “impossÃvel” devem ser riscados. A regra é o vale-tudo.
As principais lideranças polÃticas tradicionais ou emergentes, só pensam “naquilo”: vencer a qualquer preço. Cada uma tem seu projeto, estratégia e não mede esforços para chegar aos seus objetivos.
Juscelino Kubistscheck costumava dizer que o seguinte sobre a polÃtica: "Não “existe amizades eternas, nem inimizades para sempre”.
As paixões e ódios que marcaram disputas no século passado, separando compadres, rachando famÃlias e dividindo municÃpios, ganham o tom do pragmatismo. O feio é perder.
Entretanto, o cenário que se desenha não é um marco nas lutas eleitorais no estado. Talvez a “pedra fundamental” tenha sido fixada há pouco tempo, em 2006, quando Alves e Maias, eternos adversários, juntaram siglas excludentes como PMDB e PFL (hoje, DEM), para uma tarefa comum: destruir a liderança emergente da governadora Wilma de Faria (PSB). Não conseguiram.
É o que em Ciências Econômicas costuma ser conhecido como “joint-venture”, um acordo de parceria à ocasião e para um fim especÃfico.
As seqüelas dessa mistura estão por aà até hoje. São raros os municÃpios onde a composição ocorrera sem fraturas.
Contudo, como é comum se afirmar quanto aos prélios polÃticos, cada eleição é uma eleição. Tudo depende da “mudança de cenário”, como convencionou justificar Wilma de Faria, para fazer acertos que lhe são convenientes. Faz escola.
Há pouco mais de um ano e seis meses das eleições daquele ano, é portanto difÃcil se falar em polÃtica de alianças, chapas e candidaturas. Existem algumas quase-certezas.
Para complementar essa caldeirada, a tradição polÃtica brasileira mantém atualizada outra orgia: remendos regulares na legislação eleitoral, que deve ter novos “ajustes” até o próximo ano. Ou seja, uma zona.
Eu diria que,ser amigo de polÃtico é ser suficientemente inutil para só pedir o que lhe é sugerido,e,ser suficientemente útil para fazer o que lhe mandam.Kakakikaká!Homi,vá cagar!